Não falo como especialista, colunista ou crítico. Falo como ouvinte, fã e alguém que nunca sai o mesmo após ouvir Karina Buhr. Seja lá como for. Numa parceria com a Tereza Cristina, numa louvação a frente do Comadre, numa ciranda funk, atuando, dançando Karina me fascina.
Foi amor a primeira vista/ouvida, foi pancada, pedreira, mas, também foi brisa suave que me conduziu a um tempo/lugar que havia pra mim se tornado remoto após anos de exilio.
Falo de exilio, sinto aflorar emoções desconhecidas. O que me encoraja pra sempre seguir em frente e descobrir o novo que na verdade é o velho, parado, congelado no tempo pra ser degustado quando eu estivesse pronto.
E a voz de Karina me avisou que eu estava pronto. Me apontou o caminho do Recife, dos maracatus, do carnaval que é bom demais.
Vira pó, vira pó só... Isso ecoava na minha cabeça enquanto percorria cinco kilometros em uma hora num transito infernal de uma grande cidade brasileira. Vira pó, virou coragem. E eu rompi com aquilo tudo.
Vendi as coisas, fiz as malas, voltei pra casa. Voltei pra casa no melhor significado que essa frase possa ter.
Redescobri lugares, descobri outros tantos. Entrei de cabeça na minha história e ela acreditem, é interessante.
Ontem eu baixei o Longe de onde. O mais novo cd da Karina. Eu não tinha medo de nada quando o fiz. Mas, também não esperava ser surpreendido, visto que o "Eu menti pra você" é sensacional.
Segundo o meu Itunes aqui eu já ouvi o disco 15 vezes. Já tenho uma lista de preferidas, já catarolo espontaneamente "Não me ame tanto..."
Karina vive longe da medíocridade. Tem uma poesia poderosa, transforma palavras em petardos. E as vezes em doces doses envenenadas de um trago que te faz ir adiante.
Chegou na Passa Disco, tá disponível no karinabuhr.com.br compre, baixe, ouça, comprove e nunca mais seja o mesmo.
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