quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ca Pilar

As vezes eu me assusto comigo mesmo. Explico:
Algumas pessoas levam suas vidas de uma maneira tão diferente daquilo que eu acredito ser o mínimo que um ser humano deve desempenhar aqui na terra que eu fico me perguntando pra que afinal elas servem.
Claro que isso é uma tremenda estupidez da minha parte. Todo mundo tem o seu valor e se eu me dispor, certamente aprenderei algo bacana com essas pessoas. Mas, quase sempre eu me irrito e sigo em frente. Irritado! Huhauhauha
Tem uma garota que "trabalha" numa lojinha de artesanato onde também funciona uma lanchonete aqui na minha rua.
Ontem eu fiz cinco tentativas para comprar uma água com gás e foi tragicômico.
Na 1a tentativa a porta estava fechada e pelo vidro eu a vi escovando seus cabelos.
Na 2a estava ela metida numa espécie de touca de astronauta e o som bem alto, a porta ainda fechada e ela nem me viu.
Na 3a me pediu pra voltar em 15 minutos, porque estava arrumando o cabelo.
Na 4a não encontrou a chave.
Na 5a após uma luta entre ela e a fechadura e uma espera de uns 5 minutos depois da porta aberta, ela volta lá de dentro e me diz:
Tenho, mas, tá quente.
Eu não sei como ela se chama, mas, eu a chamo de Pilar. Uma homenagem a sua vida devotada a cuidar dos seus cabelos.
O que me conforta é que eu não estou sozinho nessa luta de não entender as garotas. Mas, nada contra as garotas, sério. Até porque, conversando sobre os ocorridos com outras garotas elas também não entenderam nada.
Hoje eu passei lá em frente e vi o escovão de Pilar deslizando no tobogã de seus cabelos. Um inconfundível barulho de secador e uma cara de quem não estava filiz com o resultado que estava obtendo.
Mas, a minha cara era de filicidade, porque na minha mão eu já trazia a minha água.
Pilar sua danada, ontem quase morri de desidratação enquanto tu não largava esse escovão.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Amigos!

"Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar"
Esse foi um dos hits que embalou a minha infância, esse foi um dos hits que me fez acreditar que ter amigos é massa!
E eu cresci assim fazendo amigos e desejando-os como quem entra numa videira e quer uvas, muitas uvas, em cachos frondosos, bonitos e suculentos.
Porque uma vida num pomar é bom. Uma vida com amigos é bem mió.
Hoje percebo que nem a melhor das intenções é suficiente pra que você chegue aos 40 e uns e conte dez bons amigos ao seu lado. Se isso me assusta? definitivamente não. O que realmente me assusta é que eu não faço parte da lista de muitas pessoas.
E a esses poucos que tenho, o meu temperamento vulcanesco eruptivo foi não foi, virou mexeu cospe fogo e dá com os dois pés bem no meio do peito deles.
Sim, as vezes eles merecem. Sim, as vezes eles não merecem. Sim, eu não tenho estrutura nenhuma pra lidar com essas coisas. Mas, na boa... Quem tem?
A gente cansa rápido das coisas e mais ainda das pessoas e seus eternos mesmos problemas.
Só me resta perguntar:
Amigos onde estão todos vocês?
E afirmar:
Com poucos amigos a gente não canta bem mais forte, mas, canta melhor!
Meus poucos e loucos amigos, acreditem. Eu os amo!

domingo, 4 de julho de 2010

Carta a um ex amor!

De saudade sofre meu peito ferido, porque saudade fere, incomoda, cutuca e dói.
E eu queria sim te ver mais uma vez. E que essa vez fosse longa e dessa vez a gente pintasse todo o sete outra vez!
Eu quero muito te devolver com juros o bem que você me fez e apagar de vez o mal que de tanto te amar assim interpretei.
Você foi Jurema, louca e atrevida outras vezes Madalena respeitosa e comedida e de um jeito ou de outro eu te amei.
Te amei todo assustado como se amar fosse pecado.
Te amei de cara feia pra tu achar que eu não estava preso na tua teia.
Mas eu era todas as tuas refeições. Um banquete posto a tua mesa. Sua ceia!
Hoje não tem lugar tão belo pra mim quanto estar ao teu lado. Ouvindo você chorando ou sorrindo.
A natureza todos os dias me apronta surpresas lindas e agradáveis e todas elas só servem pra eu me perguntar onde está você.
A lua que nasce cheia iluminando toda a ilha e expondo a minha cara que pergunta:
Onde está você?
Eu tenho uma garrafa de vinho e duas taças. Eu tenho velas e um bom chocolate. Comprei aromas pra queimar e perfumar o ambiente.
Eu tenho disposição sexual a tal da virilidade, algumas técnicas de massagem e um vocabulário nada mal. Tenho um pouco de grana e algum bom gosto.
Só não tenho você e isso me causa desgosto.
De saudade, muita saudade sofre o meu peito ferido. Porque saudade...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Os imortais!

Imortal pra mim não tem nada a ver com academia de letras, musica de Sandy e Júnior ou algum filme de Hollywood.
A lista dos imortais começa com o meu nome huahuahhuaha.
Eu sei que parece loucura e é em certo sentindo, mas, vivo como se eu fosse eterno e gasto em dobro o meu crédito de negligência. Torro os meus dias brincando de adulto antenado e necessário para o mundo. Julgo-me importante á beça, indispensável, inteligente e absoluto.
Uma amiga minha escreveu que: A importância que a gente tem é uma impressão só nossa. Ou seja, só a gente se acha tão importante assim e mais ninguém.
Confesso-lhes que chega uma hora na vida da gente que a brincadeira chamada viver confunde os sentidos e sobram perguntas sem respostas convincentes.
A minha certeza de imortalidade foi abalada por três vezes essa semana.
Na primeira recebi uma ligação que a minha mãe estava internada. Ela é a segunda pessoa da minha lista de imortais.
Na segunda, a minha irmã teve uma crise gástrica intensa. E ela também faz parte da minha lista.
E por último, eu mesmo. Comi muito polvo e sou acostumado a comer "povo" huahuauha e me danei em agonias. Eu fiquei mal merrrrmo!
Tentei conversar com algumas pessoas sobre esse tema, a imortalidade que acho que tenho (só eu penso e age assim?). Mas, o assunto não desenvolveu, porque as pessoas acharam o tema infantil ou desinteressante.
Eu, insisto e vou além.
Minha mãe graças a Deus está em casa e bem. Minha irmã já se recuperou e eu teclo aqui agora ainda um pouco moribundo, mas, ainda com uma certeza estranha de que tenho muito tempo pra errar, negligenciar e brincar de gente necessária e importante.
Ou seja, eu continuo imortal e muito burro.

domingo, 27 de junho de 2010

Um destino incerto!

É importante celebrar me disse um facefriend. E eu ainda não acho motivos pra nenhuma celebração sem você.
Passarinho me contou que você viria pras bandas de cá.
"Esses dias" ele me dizia, "esses dias"
Com seu jeito ligeiro de pássaro, me contou, depois cantou e pra longe voou.
Me confundiu, confuso fiquei e ali esperançoso, esperei, esperei!
E enquanto olho a espera da visita que não vem.
Celebro as cores, as flores e o mar além.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Não quero paz!

Definitivamente o que me interessa é o caos.
Nele me encontro, ou melhor, me desencontro melhor. Na calmaria eu ganho todo tempo do qual preciso pra me conhecer e nisso eu não sou bom. E mais, cansei de tentar melhorar nisso e naquilo. Conscientemente eu não consigo mudar nada em mim e isso me irrita e eu fico bravo e todo sujeito com raiva é burro.
Não, eu não gosto de sofrer!
A minha preferência pelo caos vem das possibilidades de superação, do uso do raciocínio, do fato de colocar em prática habilidades que nem sempre consigo usar. E nem sempre me dou bem, nem sempre ganho, nem sempre consigo. Mas, não quero paz!
Lembro de uma conversa que tive com minha irmã sobre o futuro e quando lhe confessei o meu maior medo ela desabou em gargalhada.
Eu tenho medo de passar a vida toda sendo o: Médico, professor, engenheiro, sapateiro em Florença, magnata na paulista ou funcionário público federal.
Quem me conhece sabe que isso não é balela. A estabilidade me assusta, mais que isso, mata meus sonhos e míngua o meu oceano de possibilidades. Pode ser que esse oceano sequer exista de fato, mas, eu preciso acreditar nele pra seguir em frente.
É assim no campo profissional e no sentimental, igual.
Ontem assisti o clip da Céu e do Herbie Hancock e fui atingido no peito pela seguinte estrofe:

"Ah, não existe coisa mais triste que ter paz...
E se proteger, de um amor a mais"

Paz é uma palavra bonitinha que representa um monte de coisas pra cada um que dela faz uso. As coisas que ela me lembra não me encanta tanto assim a ponto de deseja-la.
Eu não quero que hajam guerras, lutas, disputas e sangue derramado, embora isso exista a despeito de eu querer ou não.
E quando penso nessas coisas não é paz que eu peço e sim consciência. Mas, nem é sobre isso que eu quero falar, quero falar que:
Não vou me proteger de um amor a mais. Jamais!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Soledad

Tateio nesse escuro cada centímetro de parede. Aguço o meu olfato em busca de algum cheiro que me traga alento e lembranças do que é felicidade.
Minha noite não foi fácil porque você resolveu aparecer naquilo que era um sonho pra transforma-lo em pesadelo.
Deixando o imaginário de lado parto pra coisa de fato e fato é que tá tudo escuro ao meu redor. Tudo muito calmo também, ao meu redor, porque aqui dentro coração e cérebro continuam a sua interminável discussão, seu diálogo sem fim, seus conflitos que machucam e sufocam a minha pobre alma impotente.
Nem todo mundo está preparado pra viver e quase ninguém está preparado para amar.
Constato isso com uma tristeza que corrói minhas apaixonadas artérias. Porque é uma constatação que se reafirma a cada conversa de botequim, a cada nova paixão que me vem e que logo se vai.
Ser só, pra mim não é uma tarefa difícil é uma condição natural. Pelo menos é o que me parece. Mas, estou lutando pra não transformar isso aqui no muro das lamentações. É que como eu disse um dia desses, tudo vira texto.
E o vazio que hoje sinto precisa ser externado, escrito, eternizado.
Não, definitivamente nada resolve, mas, como um analgésico alivia, ajuda a passar. E assim pra sempre será, até chegar uma nova paixão.
Talvez por eu nunca ter tido uma enorme paixão, ou por todas elas serem enormes sei lá. Eu vivo me apaixonando (recomendo o filme Doce Novembro). É uma paixão por mês.
E claro muitos momentos de solidão por ano.

domingo, 20 de junho de 2010

Esperando o que não vem!

Meus olhos grudados no fim da estrada, no porto ou no aeroporto.
Ou em qualquer outro lugar de onde tu possa chegar.
São longas as horas da espera, tão longas que desespera.
E eu já falei antes aqui que esperar não é meu forte.
Sempre olho para o sul e o objeto segue pro norte.
Não que eu seja um eterno azarão, um cara sem sorte.
É a vida que escolheste, sem raízes, que só enxerga as placas de volte sempre.
Eu já fui assim um dia.
E me lembro com saudade do tempo que eu brincava de peregrino.
É sem dúvida uma bela forma de se gastar os dias aqui nesse planeta.
Pra mim foi inevitável o encontro com o sistema que resultou no que hoje sou.
E o que hoje sou?
Alguém que sempre espera o que não vem!

sábado, 19 de junho de 2010

Gota D´agua!

E eu aqui cercado por toda essa água do nosso lindo oceano atlântico e temendo essa inevitável gota que cairá sobre nós como se o russo apertasse o botão da bomba H.
Tudo irá voar pelos ares como se nunca tivesse sido.
E a pior parte dessa coisa de catástrofe anunciada é a espera e não o fato.
Pra pessoas apressadas como eu a espera é lâmina cortante, afiada, que rasga fundo e faz a alma abandonar o corpo.
Isso mesmo eu morro, um pouquinho, mas morro.
Porque a cada dia eu vejo o fogo diminuir e em minha cabeça a sentença:
A gente sempre acaba fazendo o que a gente quer.
Nesse caso o "a gente" é você e nem mesmo todo esse nosso amor/fogo/paixão vai te segurar aqui.
A vida e suas chuvas de situações que incomodam e mudam tudo, sempre. Mas, um sábio amigo me alertou dizendo:
O problema nunca é a chuva e sim Aquela gota. Assim mesmo com A maiúsculo, grandão.
A gota é a forma como a coisa foi dita e nunca a palavra em si.
A gota é o meu egoísmo quando você precisa de cuidado.
A gota É e o oceano todo a nossa volta serve somente de mero cenário.
E mais uma vez me vejo aqui sem nada poder fazer.
É a nossa Hiroshima que voará pelos ares e em seus destroços, na sua nuvem de fumaça se dissipará mais uma história de amor.
Guento mais não, tou fraco, tou velho, tou cansado... Moribundo.
Meu corpo e meu cérebro são escravos do meu aventureiro coração.
E clamo sofrido:

"Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água..."

Último gole e segue em frente...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cházinho com torradas!

E você tem assim como eu, toda uma vida, longa ou curta, não importa. Pra se preparar e quando chegam os grandes momentos para os quais você e eu nos preparamos. A gente falha.
E a gente falha até mesmo quando acerta, isso é realmente incrível!
Ao contrário dos USA que acertam até mesmo quando erram. Não que eu goste disso, mas, fato é fato inclusive quando esse fato nos desagrada.
Eu fiz um bolo de chocolate pra comemorar uma alegria,
Fiz cálculos, pesos, misturas e toda literatura sobre isso eu lia.
Misturei os ovos com a massa e adicionei leite e manteiga,
Untei a forma devagar e no sentido horário enquanto você me sorria, meiga.
O forno eu aqueci como manda o manual,
Depois derreti em fogo alto o produto do cacau.
Chocolate me lembra Tim Maia,
Que automaticamente me remete a praia.
Senhor dos sete mares...
Ah, mas ainda me viriam muitos males.
Terminado o trabalho, meu e do forno,
Fui alegre desfrutar do meu fruto, o bolo.
Que por fora estava lindo, visivelmente belo,
Mas por dentro seco, preto e um estranho tom de amarelo.
Bolo queimou, paciência torrou!
E torrado, saquei torradas da dispensa.
Passei chá e agora por favor me dê licença.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"E agora eu choro só. Sem ter você aqui"

A vida está por um triz.
O bem sucedido negócio está por um fio da falência.
A infância dista um fio da adolescência.
A razão por pouco vira demência.
E a ira não demora pra finalizar com a clemência.
E a noite escura densa, num instante vira dia clareando ruas e crenças.
Porque não é apenas o que é bom que por um fio está.
A roda também gira pras coisas más.
Mas fato é que um dia a gente foi e hoje a gente já não é.
O que parece que sempre vai ser é o susto que essas coisas me dão.
Bate na alma feito corrente que aprisiona o coração.
Desbota o colorido, mancha o branco, em cinza pálido se transforma.
Vira lembrança o que há pouco ganhou forma.
Ontem eu sabia tudo sobre você, hoje nem consigo te reconhecer.
Você então passa e nem me vê.
Amantes, ex amantes quase mutantes, totalmente errantes.
O fato é que o meu já acostumado peito,
Sofre com dor doída a repetição desse feito.
Explico:
Olhar do lado e ver ainda quente porém vazio o leito.
E é nessa hora que amar fere feito ponta de faca.
E uma saudade danosa sepulta o que de esperança havia ainda que sofrida, penosa.
Me pergunto se eu poderia evitar.
O que eu faria?
Me pergunta uma razão calculista e fria.
Me empresta aquele disco do rei Roberto que tá logo ali.
Aquele que diz:
"E agora eu choro só. Sem ter você aqui"

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Chocolate meio amargo!

Tudo o que pra mim é relevante,
Também tudo o que um dia relevante foi,
Risco, rabisco, escrevo, transcrevo.
Vira texto, nem sempre bom, nem sempre doce, quase sempre meio amargo.
Sempre foi assim e assim pra sempre será!
Meu coração sente, minha alma sofre, minhas mãos escrevem.
Quando meu peito de saudade não guenta, estoura, rebenta... Escrevo.
E as vezes que o tempo fecha, escurece, amedronta.
Escrevendo tento tornar tudo mais leve.
Escrevo por necessidade e vaidade.
Por alegria, desmedida e incontida, mas, também de tristeza.
Escrevo porque estou só e as vezes por achar que só sou.
Escrevo como quem bebe algo, água ou álcool.
Escrevo porque o papel é o meu melhor ouvido amigo.
Escrevo pra contar histórias e estórias.
Escrevo pra me sentir vivo!
Apesar de sempre ferido.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Album de retratos!

Pra provar que forte sou e de força cheio eu tava.
Abri a janela do passado pra espiar pra onde dava.
Deu pra rua lá do bosque onde eu e tu morava.
Os vizinhos em forma de carcaça ainda vasculhavam o nosso lixo.
A cachorra pulguenta e fedida ainda era o nosso bicho.
Eu vasculhei cada comodo com meu olhar de perito,
E em cada um deles meu riso, teu grito.
Mas tinha também felicidade, sexo quase do bom, cumplicidade.
Tudo isso em meio ao mofo e teias de aranha.
E esse pó todo em minha garganta arranha.
No começo dessa viagem eu forte me senti, pra logo depois perceber,
Que força nisso não há.
A verdade é que isso passou e o passado é seu lugar.
Força seria se hoje eu te encontrasse. E bem eu visse que tu ficasse.
Que tu sobrevivesse sem os meus conselhos, dinheiro e bebida.
Que é filiz a tua vida e não sofrida.
Que no emprego assinasse um bom contrato.
E que daquele tempo não guardas nem um Álbum de retratos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Um Pedaço de mim!

É cobra que troca a pele, lagartixa que perde o rabo, cabelo que a gente corta e cresce e são também os amputados.
É unha que encrava dói e cai, casca de machucado, dente de leite, lágrimas doídas de uma saudade que de tão pesada esmaga o peito da gente.
O mundo tá cheio dos nossos pedacinhos e a gente tá cheio dos pedacinhos do mundo e dos outros.
Você vai embora e vai levar um pedaço meu, um pedação!
Eu vou ficar e fico fragmentado, em pedaços miudinhos, como quem foi cremado.
Besta que sou, quando amo penso que o meu amor pode tudo. Pode parar o trem, o metrô, o elevador. Pode pular das pontes, de um mundo a outro, pode estancar a dor.
E assim sigo esperando tanto dessa vida que em troca me mói feito boi ralado nos açougues fedorentos das periferias.
Sobram-me sobras, restos, rostos opacos, suor salgando a camisa, uma brasinha insistente de fim de fogueira.
Era bom que quando a gente dissesse adeus todos os sentimentos se acabassem ali naquela hora, mas, não é assim não... Demora!
E enquanto isso não passa, não se acaba, não some, passa tu, me acabo eu de saudade e de fome.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Golpes baixos!

Meu olho virado pra cima, tentava em vão o alvo e nem estava na mira.
Num era pra ser golpe certeiro, mas, de cheio encheu. Acertou, doeu.
Com meu olhar de quem frita o peixe e olha o gato, chutei o balde e acertei o saco.
Doeu, dói mesmo eu sei!
Mas daí a gente assopra, faz cafuné e denguinho e disso eu sei que tu gosta.
Além das pingas que tu toma, conta os tombos também, meu bem.
Golpe baixo é aquele que vem de baixo e em baixo pega. Quando acerta, coluna enverga, cara em careta se transforma e a gente geme e chora que é pra poder os outros rirem.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sentimentos!

Era mais fácil se não tivesse começado,
Mas, começou e começou errado.
Assim pelo avesso, atravessado, de lado.
Explicar eu não posso nem tão pouco gostaria. Porque tudo que merece explicação, sofre subtração. Perde pedaço, essência se esvazia.
Depois não adianta água de cheiro, cinema e doceria.
A palavra intencionada, amarga, guardada e fermentada finalmente foi dita, liberada, proferida.
E por ela palavra maldita o texto foi ferido, mudado, alterado e o final perdido.
As coisas terminam, sempre acabam, até mesmo quando a gente acha que nunca acabou.
Amor expira, refrigerante em lata vence, cabelos caem, pele resseca, pra tudo virar pó.
"Vira pó só"
E vira pó numa tarde quente de verão, ou numa madrugada fria após uma noite de queijos e vinhos.
Ai, vira e mexe as lembranças do que um dia fomos sacode os sentimentos que guardamos, mofados, calados, escondidos porém existentes, mas, não resistentes, porque: Amor expira, refrigerante em latas vence e o de garrafa também!
Fui tentado a dizer que refrigerantes e cabelos são recolocáveis e amores não, amores são eternos. Mas, amores são tão descartáveis quanto as escovas de quem um dia amamos.
Muitas vezes lembranças me afogavam sem que eu pudesse respirar. E mal me fazia, mal eu ficava...
Permanecer mal não posso, não quero, não é preciso!
Por isso eu pus na cara um sorriso.
E não é fabricado não, é riso flora de quem viu o Rio de cima dum avião. Passando no corcovado, voando baixo, voando baixo, sonhando alto, nas nuvens!

sábado, 22 de maio de 2010

Uma ilha em silêncio!

É um fluxo medonho, sinistro, cruel.
Os que ficam criam calos na alma e "se acostumam" com esse vai-e-vem que mais parece um vai-e-vai porque quando a gente chega nos lugares leva um tempo pra ser percebido, ser amado. E quando a gente percebe pra depois amar aqui na ilha significa que chegou a hora de também se despedir.
E vem a inevitável sensação de que a gente não aproveitou ou se curtiu o suficiente.
E gente que vai, geralmente não volta. E conhecimento que fica, se espalha e se recicla. Amanhã chegam mais dois! Avisa uma voz que se parece com a de um capataz.
Amanhã chegam mais dois significa muito mais que duas pessoas chegando amanhã. Significa que a ilha tem uma purga impiedosa, significa que o paraíso virou inferno, que sonhos viraram pesadelos, que a beleza que arrebenta retinas é insuficiente pra alimentar a barriga vazia, a alma sedenta.
Quando se anuncia que amanhã chegam mais dois aqui é que outros dois estão partindo. E partindo aqui é indo embora também, mas, é de partir o coração também.
Ameacei tecer uma lista contendo os nomes dos que por aqui passaram e me tocaram de uma forma ou de outra e a lista contém simplesmente TODOS os nomes. É uma ilha, tem isolamento que resulta numa imensa carência que sucumbe e aniquila qualquer coerência.
Esse fim de mês vai ser bem especial por aqui.
Chegarão mais dois... Mas, os dois que estão indo embora são os meus mega brothers Ronald e Tom.
É o berimbau que se cala logo depois de chorar e o chorão que se cala quando estava aprendendo a sorrir e curtir seu título de professor.
E eu que fico cumprindo meu papel de mero espectador.
Álcool forte nessas horas ajuda. Escrever ajuda. Fotografar ajuda. Esperança ajuda.
Amanhã, mais dois!
Depois?....?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Roda viva!

A gente muda que é pra vida mudar. E quando a vida muda, bate uma saudade danada da vida que a gente acabou de abandonar.
E eu tava bem assim; me sentindo muito só. Bem longe de tudo aquilo que eu entendia ser a minha vida. Viagens, avião, bus, trem, correria e depois de oito dias mar adentro eu fui parar.
A não sei quantos graus de latitude não sei da onde, olho pro céu e me espanto. São estrelas, planetas, cometas, astros e eu aqui ainda me sentindo muito só.
O vento cortava a ilha ao meio balançando as folhas e agitando o mar. Meu ouvido, sempre atento e amigo distinguiu que lá de longe vinha um som dum Birimbá.
Pernada pra lá, pernada pra cá.
Meia lua, martelo, caxixi e jogos de brincar.
E o birimbau?
Ah, esse quando canta "invade minha alma!"
Encontrei uma turma boa. Percussão poderosa, alegria vigorosa e a capoeira como novo amor.
Conheci os mestres sem cordas, os professores sem títulos, os sábios sem estudos. Bebi dessa fonte que rola simplicidade e simpatia.
Joguei feito um menino folia. Alegria, alegria aportou em meu coração que dá dentro do meu peito mortais de euforia quando a baqueta bate no cordão.
Reconheci naquela roda meu amigo Ronald que com sorriso sempre me recebeu. E incansável me ensinou a lidar com o dobrão.
Cabaça na barriga trás o som do coração!
E esse garoto levado lá de Igarassu vai levando pra capoeira o Tom, o Jerry, a mim e vai levar também tu.
Naquela noite ao sair daquela roda em minha cabeça rodava: "Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião, o tempo rodou num instante nas voltas do meu coração"
E a vida que eu queria que mudasse de fato mudou.
Saudade da velha não tenho mais.
Capoeira tu és meu novo amor!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Musica ruim, cerveja quente e bagaceira!

Musica ruim é insuportável.
Cerveja quente, intragável.
E bagaceira, assusta.
É engraçado como essas coisas sozinhas causam furor, indignação e repúdio por parte da maioria. Mas, experimente juntar as três. Jogue ainda um pouco de sacanagem e retire qualquer resquício de pudor e você terá uma festa e tanto.
Aqui na ilha (Noronha) tem umas duas baladas bem do tipo: pra inglês ver! aquelas coisas fabricadas sem muita emoção, mas, que servem pra galera se pegar e dar uns beijos.
Me serviu na primeira e na segunda vez, depois disso não me serve mais.
Mas, ao contrário do que muita gente pensa a ilha tem vida própria e em alguns cantinhos obscuros e ermos rola um brega rasgado e uma filicidade pra lá de contagiante.
Sou frequentador/defensor e entusiasta do Bar da Dice (assim mesmo sem o R) a verdade levada a sério.
Lá música ruim, cerveja quente e bagaceira é a mistura mais que perfeita pra um povo que rala a semana inteira e que no sábado a noite esquece toda essa chatice da vida, se transformando num público animado, vigoroso, disposto, colorido, muito bebado e alucinado/alucinante.
Lá não tem faixa etária, opção sexual, cor, posição social, mas tem muita posição sexual, sexo e exposição!
Lá toca Wando, Magal e o DJ de maior sucesso que pinta por lá é um carinha (esqueci o nome dele) lá de Nova dez (nova descoberta um bairro muito pobre do meu Recife querido).
A sensualidade pipoca em forma de corpos ardentes na pista da Dice e o melhor, ela, a Dice existe em carne e osso e despacha (atende) no balcãozinho do bar até as 8,9,10 ou meio dia do domingo.
O som lá é alto, a mistura dos perfumes entorpece, o colorido daquelas roupas todas confunde e tudo isso junto é uma cachaça que vicia enquanto diverte a mente de gente como eu que passei toda uma vida evitando as manifestações mais auntênticas desse povo tão querido que é o povo brasileiro.
Quando você vier a Noronha, reserve seu sábado a noite e passe na Dice. Certamente por lá mesmo você irá ficar. E não vá só. Me chame, caso isso não aconteça, a gente se encontra por lá.
Viva Dice Bar um lugar onde a verdade é levada a sério!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Registrando a vida!

Eu tenho a memória muito fraca, por isso escrevo. Escrevo pra ler e reler depois, lembrando das coisas, pessoas e lugares.
Quando a fotografia ainda era analógica eu fiz curso de foto, comprei uma Rebel, me meti no estúdio do meu amigo André Moura pra ser seu assistente, cliquei Sampa em dias de chuva, cliquei as estradas que nos tiravam e nos levavam pro seu denso caldo, varei calçadões com seus skatistas. Diminui a luz, aumentei o ISO, obturador, diafragma...
Daí veio a digitalização e eu dino (dinossauro) que sou resisti burramente aos avanços inevitavéis da tecnologia.
Larguei a fotografia. E amarelou meu portfolio... Mofou todo o meu equipamento. Embaçou geral o meu olhar.
Alguns (muitos) anos depois, fui presenteado pelo meu amigo Daniel Villaça com uma Canon 10D a primeira máquina digital da Canon. E tudo o que aconteceu depois disso foi magia pura.
E eu ela estávamos congelados. Esperando um pelo outro.
E o meu olhar embaçado, desembaçou!
E como se fosse um castigo é ela que está comigo, a mesma que no passado me afastou.
Tou feito menino besta com brinquedo novo. Eita como é bom ver a vida pelo angulo de uma camera!
E escrever agora não me basta. Fotografar é preciso!
Diga Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissssssssssssssss!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

É mais fácil dar errado!

Era pra sair feito um som do Fábio Jr. aqueles que os descolados ouvem, gostam, mas nunca admitem.
Era pra ser uma aquarela de cores vibrantes, matizes vivas, belas, cintilantes. Ia ter também muito sorriso, muita festa e casa sempre cheia.
A gente ia dividir tudo, meio-a-meio, rachar a coisa toda.
E de repente, subtamente surgiu descarrilhado e louco o trem do "destino". Virando, mexendo, batendo e sacudindo toda a nossa intenção de ser filiz.
E tudo aquilo que sonhamos pesadelo virou. E ganhamos duas passagens pra destinos tão diferentes, tão opostos que tudo aquilo que temos em comum não foi capaz de segurar.
Eu Oiapoque, você Chuí...
E aqui e-mail não vai, msn trava, ligações caem... Vazio e silêncio imperam!
Talvez no universo de histórias que tem por ai a nossa seja apenas mais uma. Mas, dói como única.
Ainda me resta uma centelha fraca de esperança cansada. E o que resta de folego gasto assoprando essa brasa pra ela não apagar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ela se desarrumou pra mim!

Meu peito de medo carregado, pesava na caixa torácica feito chumbo derretido, quente, afligido.
Meus olhos, buscava revê-la ao mesmo tempo que mentiam uma tranquilidade inventada, ensaiada, falsa!
De repente voltou o tempo, o sentimento, a ilusão. Petardo em cheio no peito, soco sem luva na nuca, chão, lona, nocaute de amor que dói demais e que deixa tonto por muito tempo.
Envolta em vestes rotas, cabelinho safado, maltrado, triste... Ainda assim era tu em carne e osso e minha alma não conseguiu resistir. Tremeu forte lá dentro que balançou meu esqueleto.
E eu sentia um cheiro forte, perfumado, gostoso no vento. Enquanto tu me garantia que tava sem perfume.
É verdade que eu percebi que você tava feinha feito uma cama desarrumada, mas, o que importava é que você tava bem ali, em minha frente, fazendo o que sabe fazer melhor: Inspirar meus sonhos e contos.
Uma noite depois, tato na teta que você pediu pra eu apertar mais forte...
E descobri assim feito um Colombo do amor. Que coisa estranha, inusitada aconteceu. Você se desarrumou todinha pra mim. E ao tocar em peito seu, foi o meu que derreteu!

terça-feira, 30 de março de 2010

Ponte da Saudade!

E é isso ai galera!!!
Estou aqui no Recife de malinhas prontas pra voltar pra Noronha, metade de mim filiz e a outra metade; Também!
Porque eu fiz uma viagem de revelações e surpresas, algumas boas outras nem tanto. O que importa porém é que foi uma viagem que valeu pra autenticar as minhas decisões e reafirmar os meus muitos amores.
Sampa estava caótica com um transito apavorante e uma certa tristeza pairava no ar. Isso me pegou de cheio assim que desci no aeroporto.
É incrível a força que tem a tristeza quando vem!
Mas, logo lembrei porque estava ali e tudo foi ficando legal, bacaninha como diz o meu amigo Ronald Capoeira.
Revi pessoas muito queridas e passei na casa de outras que não consegui encontrar. E aqui nesse peito já repleto de sentimentos nasceu mais um e esse vai ser difícil de apagar.
Não que apagar eu quisesse ou pra ser moderno deletar. Eu quero mesmo é regar esse danado, vê-lo crescer, aflorar.
Se a tristeza não combina com o meu rosto e o riso frouxo, falso parece estar, acendi uma luzinha na varanda que é pra confundir, não pra iluminar!
Esse texto é de amor sim, e falo meio por parábolas porque assim pelo amor sempre fui tratado. Nada é claro ou evidente, tenho que deixar de ser demente e os sinais interpretar.
Eu acordei com você do meu lado. Costa com costa e um arrepio percorreu a minha espinha dorsal.
E como é época de chuva, uma tempestade de perguntas desabou em minha cabeça inundando meus pensamentos.
E aqui ainda boio em busca de um barco ou algo que me possa salvar. Um pouco acima do meu alcance só vejo a ponte. A ponte da saudade!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sesc Pompéia. A Odisséia!!!!


Eu não sei ao certo o que mais me encanta em Karina Buhr.

Certamente tudo aquilo que encanta aos outros. Suas letras, seu timbre, sua performance, os músicos que tocam com ela, seus desenhos e até a capa do Cd que eu achei muito massa. Mas, tem algo de curioso na sua história. Os caminhos que ela percorreu, por onde ela começou, as várias formações do excelente grupo Comadre Fulozinha, a percussão, a encenação, tudo a sua volta me deixa em estado de gratidão.

Karina é gente que faz e não faz de qualquer jeito, faz bem, convence e encanta.

Ano passado ela lançou com o seu Comadre o "Vou voltar andando" que eu não sei porque cargas d´água não arrebatou tudo quanto é grammy na face da terra. O disco é lindo, suave, tem letras de conto de fadas tem batuque de primeira, tem sopros cadenciados e eu estava lá no lançamento no Centro Cultural onde vi um grupo de meninas mandarem mega bem e uma Karina com uma alegria transbordante.

Vou voltar andando grudou na minha vitrola e passou 2009 inteiro por lá, sem tréguas.

Paralelamente a isso eu ia nos shows de seu trabalho solo. E vi musica entrar, musica sair (todas muito boas), musicos e arranjos tomando forma, vi a coisa do embrião e agora dia 27/03 verei esse filho nascer.

Estou de passagem comprada e contando os dias. Sairei de Noronha dia 23 pro Recife, dia 25 do Recife pra São Paulo dia 28 faço o caminho de volta.

Sei que vou levar uma mochilinha de roupas e um coração carregado de expectativas. E podia encerrar dizendo que: Vou voltar andando, mas agora: Eu menti pra você!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mentiras sinceras me interessam!

Naquela noite era eu e um punhado de lembranças.
Algumas me assustavam, outras me faziam sorrir. Todas porém eram lembranças e fazem parte do meu passado. E o passado é um tempo que sempre me interessou, cativou, prendeu.
Já do futuro tenho medo!
E gasto o meu presente falando e ouvindo mentiras, sinceras que é o tipo que me interessa. Porque a realidade é tão besta e a fantasia tão mais legal!
O verde do campo dos meus sonhos é bem mais verde que qualquer verde que eu já tenha visto. Igual são os meus amores e amigos.
Igual também sou eu idealizado por você...
A realidade me chama e ela se chama trabalho.
Adiós

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um carnaval sem o meu Recife!




Tente imaginar algo que você passa o ano inteiro esperando...

Hoje eu não sou um pouquinho infeliz como de costume, estou de fato é muuuuuuuuuuuuito puto!

Paixões não se explicam e por isso são tão contestáveis. Eles tem a deles e eu é claro tenho as minhas.

Vitimado por uma guerra de egos e poder, mal interpretado na minha pró-atividade fiquei no prejuízo, me levaram o carnaval e 2010 pra mim vai ser assim: Incompleto, faltando um pedaço, um pedação a bem da verdade.

Sou folião, frequentador de troças e seguidor de blocos. Amo o colorido da minha cidade nessa época e sou capaz de ouvir vassourinhas todas as bilhões de vezes que for executada sem enjoar. De dia nas Olindas e a noite no Recife sorvo e sorvido, sirvo e servido de alegrias incontestes e do inevitável choro que vem junto com a quarta-feira.

E os amigos e amores? são quatro dias que valem uma vida. São histórias que nunca serão repetidas. E memórias, memórias que nunca deixam a folia acabar.

Eles pensam que venceram, acham que me fuderam. Mas, de fato eles me mataram, se não por completo, bastante da alma que de ilusão rego, mês após mês até o carnaval chegar.

Das várias ignorâncias que existe sobre a terra a que mais me amedronta é aquela que tolhe os sonhos, o imaginário, a leveza, a arte, a felicidade, as cores e tudo aquilo que é da alma, da emoção. A essa chamo de tirania.

"Minha carne é de carnaval, o meu coração é igual!"

Recife meu amor, tão perto e tão longe estou...