De saudade sofre meu peito ferido, porque saudade fere, incomoda, cutuca e dói.
E eu queria sim te ver mais uma vez. E que essa vez fosse longa e dessa vez a gente pintasse todo o sete outra vez!
Eu quero muito te devolver com juros o bem que você me fez e apagar de vez o mal que de tanto te amar assim interpretei.
Você foi Jurema, louca e atrevida outras vezes Madalena respeitosa e comedida e de um jeito ou de outro eu te amei.
Te amei todo assustado como se amar fosse pecado.
Te amei de cara feia pra tu achar que eu não estava preso na tua teia.
Mas eu era todas as tuas refeições. Um banquete posto a tua mesa. Sua ceia!
Hoje não tem lugar tão belo pra mim quanto estar ao teu lado. Ouvindo você chorando ou sorrindo.
A natureza todos os dias me apronta surpresas lindas e agradáveis e todas elas só servem pra eu me perguntar onde está você.
A lua que nasce cheia iluminando toda a ilha e expondo a minha cara que pergunta:
Onde está você?
Eu tenho uma garrafa de vinho e duas taças. Eu tenho velas e um bom chocolate. Comprei aromas pra queimar e perfumar o ambiente.
Eu tenho disposição sexual a tal da virilidade, algumas técnicas de massagem e um vocabulário nada mal. Tenho um pouco de grana e algum bom gosto.
Só não tenho você e isso me causa desgosto.
De saudade, muita saudade sofre o meu peito ferido. Porque saudade...
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