Gratidão!

O belo me deixa estático,
Paralisado, petrificado, mudo.
Sempre reajo ao feio,
Aquilo que é sujo, dúbio, Delúbio?
Sinto inveja dos poetas do amor,
Daqueles que cantam a beleza da vida,
Dos que não se impressionam com as traições,
Antes, mergulham nos olhares, bocas e peles douradas.
Eu inspeciono os esgotos,
À cata daquilo que me servirá de matéria prima.
E tenho a sensação de que eles já invadiram as ruas,
E se tornaram a via principal.
O cruel é o padrão!
Mas de repente leio esses meninos,
Rogê, Shure, Clemente, Digo, Jean, Tiu.
E recebo centelhas de vida e beleza,
Ganho uma lupa novinha que me mostra o algo a mais.
E molho os lábios com o que deve ser o amor,
A sensação é das melhores.
Penso com leveza, pés flutuando,
Marina de La Riva com seus Ojos Malignos,
Musica, alegria, salvação!!!
Gracias muchachos, gracias!!!

Se penero.

Se penero, pondero.
Se pondero, exulto.
Se exulto, vacilo.
Se vacilo, me calo.
Quando calado não digo.
Sem dizer, não transmito.
Quando omito, fico oco.
Assim, só sai o que eu quero.
Ou será o que eu não quero?
Do que tenho medo?
Da crítica avassaladora?
Da tesoura que poda?
Das conseqüências?
Tenho medo da sagacidade...
Da impiedade das interpretações...
De interromper a paz que tenho agora!
Paz que tenho agora?
Paz? Tenho? Agora?

Me casa su casa!

" Só não se perca ao entrar... Em meu infinito particular"

Desabafo!!!

Desculpe mas hoje tou querendo mesmo é gritar.

Quero me desfazer de tudo que tenho carregado ao longo dessas quatro décadas.

Se você não me conhece, muito prazer, eu sou o cara que pegou o trem errado.

Que lugar é esse? como cheguei até aqui?

Nada, eu disse, nada saiu como eu planejei.

Me transformei num estranho, espalhei meus sonhos pela estrada à fora.

Desperdicei dias, noites, meses, anos.

Sim, estou aflito, estou chorando, estou com medo!

E a frase que define o momento é: "esse lugar é uma maravilha, mas, como é que faz pra sair da ilha?"

Noite!

" Uma dessas noites tudo vai embora, leve-nos, ladrão... Tudo que pontua nossa escuridão, tudo que pontua"

Cúlex!!!

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Vazio!!!

Um vão,

em forma de coração,

tateado pela mão,

estarrecendo a visão.

Pura desilusão!

Adoro esse olhar blasé!

Composição: Adriana Calcanhoto / Antônio Cìcero

Não quero mudar você, Nem mostrar Novos mundos

Porque eu, meu amor, acho graça até mesmo em clichês.

Adoro esse olhar blasé

Que não só Já viu quase tudo

Mas acha tudo tão déjà vu mesmo antes de ver.

Só proponho Alimentar seu tédio.

Para tanto, exponho A minha admiração.

Você em troca cede o Seu olhar em sonhos À minha contemplação:

Aí componho uma nova canção.

Adoro, sei lá por que, Esse olhar Meio escudo

Que em vez de qualquer álcool forte pede água perrier

Adoro, sei lá por que, Esse olhar Meio escudo

Que não quer o meu álcool forte e sim água perrier

Celulose!

Eu convivo com a maconha desde que era muito pequeno.

Meus primeiros amigos "davam um tapa" como se dizia na época.

E isso era um ato de muita coragem, pois, quem naquela época era pego com um baseado ia pra uma cela e dormia junto com estupradores, assassinos em série e o que havia de pior, além é claro de ser marginalizado e excluído pela sociedade. Não, não faz 150 anos é coisa mais recente.

A janela da minha sala dá pra uma pça que mais parece aquele famoso parque suiço o Letten, onde os jovens se drogam a valer.

Ontem a noite ouvi a conversa de um grupo desses jovens onde o mais esperto explicava pro baianão (esse era o apelido do aprendiz), como se cortava a celulose (a boa e velha ceda da minha época).

Foi hilário no tocante a criatividade e igualmente triste pela mesma razão.

Geral é muito criativa, mas, continua colocando essa criatividade no lugar errado.

Sob o Céu de Detroit!

Dióxido de carbono,
Nuvem negra,
Breu nos ares,
Chuva ácida,
Homem de cara pálida.
Chaminés ao alto,
Fumaça ao vento,
Máquinas de faturamento.
Cobre derretido,
Ferro fundido,
Verde perdido.
Tudo é cinza,
O todo, ranzinza,
Sorriso não tem,
Kyoto quem sabe no ano que vem.
Sob o céu de Detroit,
Poluição made in USA,
Violência do tipo exportação,
E ao protocolo um NÃO!

Guela a baixo!

Começou a vigorar no ultimo sabado na cidade de S. Paulo uma lei que obriga a venda de filhotes castrados e com chip nos pet shops da cidade.

As alegações são as mais absurdas embora a preocupação seja legitima. Explico, deve-se sim ter cuidados para a criação, comercialização e multiplicação de animais na cidade. Mas, como sempre o estado se exclui de seus deveres e empurra guela abaixo uma lei besta.

A prefeitura não tem máquina suficiente pra fazer as leituras desses animais e quando a gente liga lá fica um empurra, empurra, ou seja, ninguém explica nada!

Piscina de Bolinha!!!

Hoje eu quero de novo ser criança,
Estou sempre querendo, que doce lembrança!
O parquinho montado na festa do santo,
por cada pranto, no minímo um acalanto!
A compota de doces me esperando,
Minutos depois, me lambuzando.
Eu quero de novo ser o caçula,
Cansei dessa tal de vida madura.
Quero ter de novo esperança,
Pra isso nada melhor do que voltar a ser criança!

" Ser criança é bom,

ser criança faz bem,

seja uma também,

o sonho não acabou,

basta olhar a piscina e ver,

que a vida recomeçou..."

Chupando uva!!!

O futebol é mesmo um esporte interessante. Antes de uma partida sempre fica aberta a possibilidade de qualquer coisa acontecer.

Ontem, lá na toca do Leão a uva roxa foi degustada, posta no lagar, pisada e assim, foi feito um saboroso vinho.

Meu time em Pernambuco é o Náutico, mas, como bom Palmeirense... É verdade Felipe, tem uva verde também, mas, não tem uva vermelha e preta.

Por outro lado, frango é frango e em decisão dói, que o diga o Ceni.

Preciso relaxar um pouco agora, porque ressaca de vinho...

Ps.

São quem? a semana passada li em algum lugar sobre um certo são Felipe. Um dia, depois outro dia e vem a prova de que santo mesmo só tem um: São Marcos do Palestra da Capadócia!!!

A culpa é de quem?

Ontem perguntei pro meu coração,
Como é que ele agüenta tanta solidão.
Falamos um pouco sobre o meu rosto,
E ele garantiu que a culpa não era dele não.
Discretamente o indaguei sobre a minha boca,
Você não acha que ela é ruim de lábia?
Não! me respondeu o coração, ela até que é sábia.
A barriga, os pêlos a idade?
Quem é o culpado por tanta solidão?
Sou eu mesmo, seu calejado coração.
Sou eu que morro de rir da felicidade,
Que não vejo nada belo nesta cidade.
Sou eu que rejeito as imagens que os olhos me enviam,
E que digo ao cérebro: esses não te serviam.
Faço com que o nariz só sinta o fedor,
E permeio a sua vida de dor.
Fui eu que me fechei para as novas aventuras,
E me vesti de ataduras.
Sou eu que estou um trapo,
E que faço todo príncipe virar sapo.
Mas não me leve ao cardiologista,
Eu preciso mesmo é de uma boa diarista.
Que abra as minhas portas e janelas,
Que limpe toda essa sujeira,
Que deixe a luz entrar.
Que remova os bolores,
Que me devolva as cores,
Para assim eu poder amar.

Para Lara!

Composição: Arnaldo Antunes / Aldo Fortes / Hans Magnus Enzensberger

Aquele que não tem com o que comprar uma ilha

Aquele que espera a rainha de sabá na frente de um cinema

Aquele que rasga de raiva e desespero sua última camisa

Aquele que esconde um dobrão de ouro no sapato furado

Aquele que olha nos olhos duros do chantagista

Aquele que range os dentes nos carrocéis

Aquele que derrama vinho rubro na cama sórdida

Aquele que toca fogo em cartas e fotografias

Aquele que vive sentado nas docas debaixo das gaivotas

Aquele que alimenta os esquilos

Aquele que não tem um centavo

Aquele que observa

Aquele que dá socos na parede

Aquele que grita

Aquele que bebe

Aquele que não faz nada

Meu inimigo Debruçado sobre o balcão

Na cama em cima do armário No chão por toda parte Agachado

Olhos fixos em mim Meu irmão

Resignificando...

Foto de: José Marafona

De tempos em tempos, nós temos que resignificarmos as nossas vidas.
O curioso é que se leva um tempo pra perceber que aquilo que um dia nos serviu, hoje já não serve mais.
E a gente fica ali, esperando frutos e sombra de uma árvore que já morreu.
Eu não tenho uma resposta pra isso, ou conclusão qualquer sobre isso.
O que sei é que resignificar é precsio, tanto quanto navegar.
… E eu sou ruim com conselhos, péssimo em conclusões e um desastre na prática!

Portanto, deseje-me sorte, pois chegou pra mim o tempo de resignificar a vida.

Quadro meu!

Composição: Jorge Drexler

Soledad, Aquí están mis credenciales,

Vengo llamando a tu puerta Desde hace un tiempo,

Creo que pasaremos juntos temporales,

Propongo que tú y yo nos vayamos conociendo.

Aquí estoy,Te traigo mis cicatrices,

Palabras sobre papel pentagramado,

No te fijes mucho en lo que dicen,

Me encontrarás En cada cosa que he callado.

Ya pasó Ya he dejado que se empañe

La ilusión de que vivir es indoloro.

Que raro que seas tú Quien me acompañe, soledad,

A mí, que nunca supe bien Como estar solo.

Querer eterno querer!!!

Composição: Péricles Cavalcanti

Toda criança quer

Toda criança quer crescer

Toda criança quer ser um adulto

E todo adulto quer

E todo adulto quer crescer

Pra vencer e ter acesso ao mundo

E todo mundo quer

E todo mundo quer saber

De onde vem Pra onde vai

Como é que entra Como é que sai

Por que é que sobe Por que é que cai

Pois todo mundo quer...

Cabrón!!!

Baixinho, marrento e argentino. O Conca foi criado no River, maior rival do Boca, que boca? o Boca Fechada!
Imagina a satisfação desse bravo hermano na noite de ontem?
Conca desfilou como um legitimo carioca nos gramados de um maraca lotado e em extase.
" Hay que endurecerse pero..." Ah q se dane!!! Sou Tricolor de coração, sou do time tantas vezes campeão...

Estudos recentes comprovam...

O que mata não é a queda e sim a aterrissagem!

Será que???

A pergunta nunca é inconviniente, a resposta é que é.