quarta-feira, 25 de junho de 2008

Se penero.

Se penero, pondero.
Se pondero, exulto.
Se exulto, vacilo.
Se vacilo, me calo.
Quando calado não digo.
Sem dizer, não transmito.
Quando omito, fico oco.
Assim, só sai o que eu quero.
Ou será o que eu não quero?
Do que tenho medo?
Da crítica avassaladora?
Da tesoura que poda?
Das conseqüências?
Tenho medo da sagacidade...
Da impiedade das interpretações...
De interromper a paz que tenho agora!
Paz que tenho agora?
Paz? Tenho? Agora?

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