Das tantas noites mal dormidas,
Dos rios de suor que transbordei,
Das batalhas que lutei,
As que ganhei e as que perdi.
Do vinho que tornou tudo suportável,
Das estradas percorridas em vão,
Da falta de fé e do excesso de pão,
Das cordilheiras, corredeiras e do pó,
Sou só eu, só eu, só.
Das multidões que me serviram de refúgio,
Dos grãos de areia, da praia de Candeias,
De mais acima e um pouco mais além.
Do norte ao sul, no leste, no oeste e no faroeste.
De onde for,
De onde vier.
Bate-me, abate-me!
Dos passos que me trouxeram até aqui.
Dos meus delírios em profusão.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Aqui Jaz, logo ali Jazz!
Venho aqui lhes comunicar que morri.
Descobri ontem que vago vida a fora feito alma penada, favor não confundir com zumbis, pois, esses emitem sons, fazem cara de mal e assustam as pessoas, eu não, eu sou uma espécie de Gasparzinho, só que sem a graça do simpático albino voador.
Mas, eu morri!
Morri quando desisti dos meus sonhos, quando dei ouvidos as criticas descabidas, quando deixei que os problemas escrevessem a minha história, quando não percebi o amor, o sorriso e a flor.
Morri todas as vezes que quis cumprir a lei a qualquer custo, quando ignorei o drama alheio, quando me enchi de mágoa e rancor, quando gastei meu tempo tentando revidar em quem me bateu.
Morri quando aceitei as conseqüências como perpétuas, quando desisti de lutar, quando me vi frágil, fatigado e muito longe de casa e daquilo onde eu esperava estar.
Morri lenta e indolormente...
Morri de covardia, de estupidez e empáfia. Morri de medo e de vergonha, morri a cada gole e também morri na falta deles. Morri no silêncio, no barulho e no descaso. Morri e não fui chorado, nem bebido, antes, duramente criticado.
Hoje meu rosto é pálido, meu cheiro é ruim, meus olhos sem vida e eu, eu não sinto o aroma das mais belas rosas.
O que eu faço das 24 horas de cada dia? Me apavoro com elas, as desperdiço, uso-as de maneira irresponsável.
Mas, só ontem eu percebi que havia morrido e isso me deu uma saudade danada da vida.
Fiquei lembrando quando o gesso do fatalismo não me servia não me afetava. Lembrei até de como eu gostava de desafios e um pouco antes de como eu os provocava.
Lembrei das minhas conversas com a lua e de quando contava estrelas na praia na companhia de alguém querido.
Lembrei que é São João e o cheiro do milho invadiu as minhas putrefatas narinas. Me vi dançando uma quadrilha arretada, casando, sendo o padre ou simplesmente numa calça com remendos estranhos e modernos.
Senti a leveza da vida como sentem os miúdos, os pequeninos, as crianças...
Ah, eu quero renascer, ressuscitar, voltar a viver!
Quem quer que tenha sido, por favor, devolva os meus sonhos. Pois entre ser confundido com um chato ou um bobo eu prefiro o bobo.
Aromas e paladares surgem em meu nariz e boca. Revisito o espelho e percebo centelhas de vida a minha volta, as costas estão leves, vou voar, vou voar...
Não posso lamentar o meu tempo de necrópole, isso seria perder mais tempo, agora eu vou mesmo é viver!
Descobri ontem que vago vida a fora feito alma penada, favor não confundir com zumbis, pois, esses emitem sons, fazem cara de mal e assustam as pessoas, eu não, eu sou uma espécie de Gasparzinho, só que sem a graça do simpático albino voador.
Mas, eu morri!
Morri quando desisti dos meus sonhos, quando dei ouvidos as criticas descabidas, quando deixei que os problemas escrevessem a minha história, quando não percebi o amor, o sorriso e a flor.
Morri todas as vezes que quis cumprir a lei a qualquer custo, quando ignorei o drama alheio, quando me enchi de mágoa e rancor, quando gastei meu tempo tentando revidar em quem me bateu.
Morri quando aceitei as conseqüências como perpétuas, quando desisti de lutar, quando me vi frágil, fatigado e muito longe de casa e daquilo onde eu esperava estar.
Morri lenta e indolormente...
Morri de covardia, de estupidez e empáfia. Morri de medo e de vergonha, morri a cada gole e também morri na falta deles. Morri no silêncio, no barulho e no descaso. Morri e não fui chorado, nem bebido, antes, duramente criticado.
Hoje meu rosto é pálido, meu cheiro é ruim, meus olhos sem vida e eu, eu não sinto o aroma das mais belas rosas.
O que eu faço das 24 horas de cada dia? Me apavoro com elas, as desperdiço, uso-as de maneira irresponsável.
Mas, só ontem eu percebi que havia morrido e isso me deu uma saudade danada da vida.
Fiquei lembrando quando o gesso do fatalismo não me servia não me afetava. Lembrei até de como eu gostava de desafios e um pouco antes de como eu os provocava.
Lembrei das minhas conversas com a lua e de quando contava estrelas na praia na companhia de alguém querido.
Lembrei que é São João e o cheiro do milho invadiu as minhas putrefatas narinas. Me vi dançando uma quadrilha arretada, casando, sendo o padre ou simplesmente numa calça com remendos estranhos e modernos.
Senti a leveza da vida como sentem os miúdos, os pequeninos, as crianças...
Ah, eu quero renascer, ressuscitar, voltar a viver!
Quem quer que tenha sido, por favor, devolva os meus sonhos. Pois entre ser confundido com um chato ou um bobo eu prefiro o bobo.
Aromas e paladares surgem em meu nariz e boca. Revisito o espelho e percebo centelhas de vida a minha volta, as costas estão leves, vou voar, vou voar...
Não posso lamentar o meu tempo de necrópole, isso seria perder mais tempo, agora eu vou mesmo é viver!
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Pedras não dão leite!
Pra um cara como eu que insiste em viver a vida nos extremos cometer esses erros é como ir ao shopping comprar um All Star preto com estrelas brancas, ou seja, molinho.
Desnecessário dizer que vivo quebrando a cara tanto num lado como no outro, pois subestimados vivem me surpreendendo e os super...
Aliás, essa coisa de super é bem legal no cinema e nos gibis. Aqui na vida real não funciona muito bem.
Outro dia falei aqui sobre ser surpreendido e disse que gosto disso, mas, quando você espera algo a mais e vem bem menos é o tipo de surpresa que eu dispenso.
Por outro lado a vítima da minha super expectativa é um ser injustiçado porque muitas vezes nem queria ser considerado super, mas, o papai aqui é quem manda e de repente você é super e pronto! E logo em seguida você é sub e pronto também oras!
Estou custando a entender que essas categorias não cabem no nosso mundo, humanos são complexos e nem um milhão de anos será capaz de nos explicar. E nem três milhões de anos seria suficiente pra eu entender os humanos. Porque também não faço a menor idéia de quem serei no dia de hoje.
Homo sapiens?
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Dança comigo?
A tensão sinistra que envolve esse casal e sua silhueta um tanto macabra despertou em mim um desejo quase voraz por uma dança hoje a noite.
Nunca fui um pé de valsa, mas, essa cena despertou em mim um desejo quase maluco de sair por ai chamando mocinhas pra dançar em bailinhos nem sempre inocentes.
E quando isso acontece eu não consigo ficar parado e já tomo as minhas atitudes e claro por elas sou atropelado.
Liguei pra garota mais linda que conheço e nem parecia que fazia uns 3 anos que a gente não se falava fui logo convidando ela pra sair e pra dançar.
Ela foi muito simpática e perguntou se podia levar o marido e seus 2 filhos juntos. Em seguida me alertou que devido a quantidade de crianças que pôs no mundo ela já não ostenta aquele corpo do passado e que se eu não reparei aquelas fotos estão no Orkut a mais ou menos uns 4 anos.
Que foto maldita essa!
Acabou com uma das minhas ultimas musas, me expôs ao ridiculo e eu nem sei dançar...
Nunca fui um pé de valsa, mas, essa cena despertou em mim um desejo quase maluco de sair por ai chamando mocinhas pra dançar em bailinhos nem sempre inocentes.
E quando isso acontece eu não consigo ficar parado e já tomo as minhas atitudes e claro por elas sou atropelado.
Liguei pra garota mais linda que conheço e nem parecia que fazia uns 3 anos que a gente não se falava fui logo convidando ela pra sair e pra dançar.
Ela foi muito simpática e perguntou se podia levar o marido e seus 2 filhos juntos. Em seguida me alertou que devido a quantidade de crianças que pôs no mundo ela já não ostenta aquele corpo do passado e que se eu não reparei aquelas fotos estão no Orkut a mais ou menos uns 4 anos.
Que foto maldita essa!
Acabou com uma das minhas ultimas musas, me expôs ao ridiculo e eu nem sei dançar...
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Que apito você toca?
Cada dia que se passa percebo mais e mais que gêneros não me interessam.
Recentemente descobri alguns gêneros da escrita e ainda prefiro a expontaneidade livre dos versos gritados e agoniados daqueles que escrevem como quem sente dor e alívio também, claro.
Na musica comecei pelo velho e bom rock´n´roll e hoje percebo que não tem clubinho mais exigente e dificil de se entrar no que o do rock.
Filmes, livros, etc. criamos os gêneros e viramos escravos deles. A criatura comandando seu criador.
Portanto a pergunta: Que apito você toca? não me cabe e eu tão pouco caibo nela.
O máximo que chego perto dela é no carnaval que sempre consigo um apito pra soprar nos dias de folia.
Definitivamente, gêneros não me interessam!
Assinar:
Postagens (Atom)