quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ela se desarrumou pra mim!

Meu peito de medo carregado, pesava na caixa torácica feito chumbo derretido, quente, afligido.
Meus olhos, buscava revê-la ao mesmo tempo que mentiam uma tranquilidade inventada, ensaiada, falsa!
De repente voltou o tempo, o sentimento, a ilusão. Petardo em cheio no peito, soco sem luva na nuca, chão, lona, nocaute de amor que dói demais e que deixa tonto por muito tempo.
Envolta em vestes rotas, cabelinho safado, maltrado, triste... Ainda assim era tu em carne e osso e minha alma não conseguiu resistir. Tremeu forte lá dentro que balançou meu esqueleto.
E eu sentia um cheiro forte, perfumado, gostoso no vento. Enquanto tu me garantia que tava sem perfume.
É verdade que eu percebi que você tava feinha feito uma cama desarrumada, mas, o que importava é que você tava bem ali, em minha frente, fazendo o que sabe fazer melhor: Inspirar meus sonhos e contos.
Uma noite depois, tato na teta que você pediu pra eu apertar mais forte...
E descobri assim feito um Colombo do amor. Que coisa estranha, inusitada aconteceu. Você se desarrumou todinha pra mim. E ao tocar em peito seu, foi o meu que derreteu!

Um comentário:

Jean disse...

Bom demais, isso hein.
Transmitiu bem a sensação de estupidez que mulher dá na gente. Excepcionalmente nesse ultiminho parágrafo. Bom demais.