Hoje eu busquei uma foto que retratasse o meu interior, como me sinto e esta é a que melhor traduz as coisas como estão aqui na minha cabeça.
Eu acordo e olho do lado e tudo que vejo é:
Um travesseiro cheio de baba,
Lençóis que deveriam ter sido trocados há muito tempo,
Uma foto da minha barriga comigo no segundo plano,
E uma sensação de estranheza que só faz crescer a cada dia...
Help! (em inglês é mais bacana).
Sacudo tudo pro ar e vem então a inevitável pergunta:
Como eu cheguei até aqui?
Como eu me transformei no que hoje sou?
Busco em vão me lembrar de cada tosca decisão que me serviram de passagem para que eu fosse então transportado pra esse lugar medonho.
Merda! (em português é mais impactante).
Virei o cesto de lixo que estava cheio de cascas de banana e embalagens daqueles iogurtes que contém dan-regulares, manja?!
Eu procurava resquícios, centelhas de esperança... O que eu encontrei lá além de embalagens e cascas de bananas?
Um velho biscoitinho chinês que quebrei e li no bilhetinho:
"Vamos acordar Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É tudo novo de novo Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo Vamos mergulhar do alto onde subimos"
Isso é Paulo Moska e enquanto houver um zumbido de moska nesse mundo, vale a pena acreditar, levantar e seguir em frente. E trocar o lençol da cama né porcão?!