Problemas!

"Eles são muitos, mas, não podem voar"

Areas de Instabilidade!

Com tanta instabilidade por ai, recomenda-se ter sempre à mão:

Guarda-Chuva
Guarda-Sol
Blusa de frio
Filtro solar
Um lenço pra quando você chorar,
Um outro pra quando você sorrir.
Preservativos, pílula do dia seguinte,
E prozac que é pra equilibrar.
Uma grana que é pra se o pneu furar,
Na américa, goma de mascar,
Nos pampas um bom chimarrão,
Na balada, atenção
E nas urnas: Ilusão.

Requiém para o sistema!

Com seu apetite voraz,
Você devora tudo a sua frente.
Tu parece um furacão,
Varrendo e bagunçando com a paisagem a sua volta.
Sacode, arranca, rodopia, engole e cospe,
Estraçalha, esmaga e arrebenta.
Sai pro trabalho como quem vai pra guerra,
Volta pra casa só com o corpo,
A mente continua no trabalho, nos negócios e no dinheiro.
Usa a desculpa que é pra dar o melhor à família,
Mas, existe algo melhor para um filho do que a presença de um pai?
Você deseja formar uma equipe de vencedores,
E pra isso não mede as conseqüências.
Porém hoje o que se vê são corpos espalhados pelo chão,
Rostos sem expressão, vazios de alma.
As pessoas pra você não passam de lenha pra sua locomotiva,
Você só pensa em avançar, avançar, avançar
A desoladora paisagem que você deixa ao passar,
Já consegue ser detectada em alguns lugares.
O mundo está em crise, as potências estão fragilizadas,
E não surge ninguém pra reinventar a “roda” do sistema.
Frente à tamanha impotência, muita gente boa ta rodando no piloto automático.
Zumbis, empurrando a vida com a barriga...
O velho Raul já dizia:“Pare o mundo que eu quero descer”

De perto!

Passei um tempão te observando de soslaio, olhava mas não via, manja?!

Hum, você é cheirosa, tal qual havia imaginado.

Inteligente sem ser pedante, que bom, que raro!

Singela, doce e que pele é essa?

Dentes brancos e hálito puro, feito comercial de creme dental...

Você é:

Leandra Leal!!!!

Recado do mestre!

Letra: Chico Buarque de Holanda

Se eu só lhe fizesse o bem
Talvez fosse um vício a mais
Você me teria desprezo por fim
Porém não fui tão imprudente
E agora não há francamente
Motivo pra você me injuriar assim
Dinheiro não lhe emprestei
Favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Você nada está me devendo
Por isso, meu bem, não entendo
Porque anda agora falando de mim

Isso já foi dito antes!

A gente não vê as coisas como elas são. A gente vê as coisas como a gente é.

Efemero, fugaz e passageiro!

Sabe uma coisa que ajuda a se ter uma vida mais filiz?

A gente entender o que é efemero e não sofrer por isso como se fosse eterno. Se alegrar com efemero como se fosse eterno também não ajuda muito.

Hoje, eu estou aqui, morando aqui, trabalhando aqui, mas, isso não será assim pra sempre... Nem meus problemas, nem as minhas soluções, nem eu, nem tu!

Afinal, até uva passa (véia essa né)?!

Mas, passa merrrrmo!!!

Impotência!

É melhor eu parar de me levar tão a sério, já que ninguém me leva merrrmo!

A gente se desgasta à toa, tentando transmitir algum valor pra uma gente que não quer nos ouvir.

A gente tenta arrumar a casa dos outros e acaba bagunçando a nossa.

Impotente sim, mas, precisa ser um deprimido também é?

Claro que não!

Bola pra frente, eu também tive meus momentos de cabeção!

Mas, que essa galerinha é medíocre é né?!

Avante...

Alheio...

Hoje, tudo o que eu queria era ficar parado ali inerte, feito um sapato velho jogado fora. Sem fazer nada, nem mesmo pensar.

Meio, meio!

Vou logo avisando, comentários do tipo: meio com meio dá um inteiro, não serão bem vindos.

É que eu ando "meio" angustiado, com essa coisa de ser "meio" engraçado, "meio" inteligente, "meio" gente boa e de você achar que "meio" que pode contar comigo.

Meus projetos pessoais pararam onde? no "meio"

Minhas histórias de amor também parecem que nunca tiveram um fim, nem do tipo trágico, quando desconfiamos que era o "meio", ouve um silêncio seguido de um afastamento nefasto.

Obras inacabadas, "meio" grávido de ideias, um "meio" desistente porque até isso me angustia, pois desisto de fazer mas continuo pensando no que não fiz.

Hum, acho que esse texto já chegou no "meio"!

Admirável bicho cão!

Hoje vou lhes contar mais uma das que acontecem na praça sem nome onde tudo é possível.
Perambula por ali um ser de aparência rude, traços arcaicos e cheiro de gambá quando bufa. O bicho é feio, mal alinhado, sujo, violento e amedrontador. Pois bem, essa pessoa possui um cão branquinho, acredito que misto de poodle com esfregão de piso de colégio, desengonçado, prognata, mas simpático. Esse bichinho ostenta duas fitas incrivelmente rosa formando duas chuquinhas em sua cabeça. E ao contrário do seu dono é dócil, filiz do tipo que balança o rabo como um maestro que rege a nona de “Bet” num municipal lotado de eruditos, burgueses e gente que se pergunta: Quem foi mesmo que me meteu nessa encrenca? Que música chata!
O vilão da praça sem nome briga sem pestanejar, cospe pregos e maribondos e vende drogas a luz do dia desafiando a lei, a policia e vizinhos como eu que acha toda aquela movimentação exagerada e desmedida, mas, vira um verdadeiro ser humano quando está a sós com o seu bicho. Ele tem um pente (também incrivelmente rosa) que ele saca sei lá de onde e arruma o pelo do ilustre cão. Ele vira uma fera indomada quando alguém fere os sentimentos do quadrúpede e ontem eu o vi chorar chamando pelo animal que não aparecia... (tava numa moita da praça com um parceiro colocando o sexo em dia).
E lhes confesso que não sei o que pensar... Aquele bicho torna aquele “bicho” gente. E uma vez gente, ele trata como gente aquele bicho.
O cão resgata o ser humano que existe no vilão da praça sem nome. Tornando possível nessas horas até arriscar um: boa noite!

Passado e Futuro!

Eu o passado, ultrapassado e condenado pelos erros que cometi.

Ele o futuro, disposição, agilidade, modernidade... Uma promessa!

Eu com cara de passageiro que pegou o trem errado, algumas rugas e excesso de tecido adiposo,

Em seu rosto a esperança, brilhando reluzente e uma voz que repete:

Você é o cara! você é o cara!

Eu sonho com o mar de Candeias, carangueijo e cerveja...

Ele quer wall street, Forbes e de quebra a capa de Veja.

Em comum só temos mesmo um presente medíocre, recheado de expectativa nesse tal de amanhã que a gente não tem garantia nenhuma que existe.

Água na cara, acorda, tu só tem o hoje merrrmo mané!

Uma prece!

Que eu pare com a obsessão por um mundo perfeito, mas, que nunca desista de um mundo melhor e mais justo!

Eu quero ter olhinhos bons, olhinhos bons, pra tornar bom aquilo e aqueles que vejo.

E reconhecer sempre que cada dia é uma página em branco e preenche-los de amor.

É isso e isso é, amém!

Mal traçadas linhas!

A coisa funciona mais ou menos como um sistema de prateleiras.

A direita e acima ficam aqueles que se comportam, nunca me desafiam, são leais e sempre sorridentes.
A direita e abaixo aquela gente boa mas, que tem personalidade forte e vira e mexe a gente se tromba e por ai a coisa toda vai declinando...
Até chegar no submundo dos seres cuja minha concepção da vida diz:
Vocês estão condenados a escuridão, nada de luz!
Até ai, eu sei que todas as cabeças do mundo funcionam com lógicas semelhantes, o que realmente funde a minha cuca são os critérios que eu uso pra catalogar essa gente e como essa gente muda de posição nessa prateleira tão rapidamente. E, como essa gente toda não faz a menor idéia dessa loucura toda que se passa dentro de mim.
E, claro se souberem não darão a mínima, sabiamente é claro!
Ainda bem que todo esse trabalho não demanda quase que tempo nenhum nem sequer uma apurada reflexão, isso acontece da mesma forma que sinto fome ou sede.
Hoje teve mudança na prateleira, mas, quem desceu ou quem subiu não importa, o que importa merrrmo é que eu acho que estou abusando da bebida!

Um rasante no meu quintal!

Esses dias por motivos diferentes tive que voltar ao meu ex bairro algumas vezes. E por lá andando, encontrei uma molecadinha massa que cresceu bastante e virou cada aviãozinho... Não é a primeira vez que isso acontece na minha vida. Mas, a surpresa é sempre marcante/impactante.

O tempo passa, passa pra todos, pra mim hoje, ele não parece nenhum pouco generoso, já pra essas meninas mulheres de corpo perfeito, ele parece bem gentil e amigo.

Um cardiologista um dia me disse:

Toda idade tem sua beleza!

E é verdade, mas, tem idade que é a própria beleza!

Como tem lixo, como tem doença!

Vez por outra, de forma bastante tímida eu toco aqui no assunto da sujeira, aquecimento global, degradação e temas semelhantes...

Hoje na verdade eu gostaria de gritar!!!

Moro numa cidade que não tem fama de suja, mas, que na verdade é!

A sujeira da praça que fica ao lado da minha casa já transcendeu os limites do aceitável e os meus vizinhos ratos invadiram a minha já saqueada cozinha.

Eles são muitos, são barulhentos, me roubam e ainda sorriem com o seu riso de rato!

E eu já quebrei três cabos de vassoura no meio do nada, nunca acerto esses FDP...

E também tenho culpa nisso, cara, moro sozinho e produzo uma tonelada de lixo!!!

A diferença é que não saio jogando ele rua à fora...

ah, já ia esquecendo: Tou de vassoura nova, ela é linda tu precisa ver!!!

Migalhas!

Dado ao dinamismo da vida, as vezes a gente perde tudo!

Mas tem algo pelo qual a gente nunca deve desistir de lutar:

A dignidade.

Muitas vezes nessa passagem por aqui, planeta terra, ela é tudo que você terá!

Muitas vezes vão querer te tomar a tua ultima migalha, quer saber?

Deixe não!

Boa luta pra tu...

Original Filó Style!

Filó estava acima do peso e ostentava um bigode daqueles de português.

Ria alto, exagerava nas doses de sarcasmo e quando ia ao WC arrastava umas 20 mesas pelo caminho, derrubando copos, esbarrando nas pessoas e dizendo:

Licença, ai fudeu! licença ai fudeu! licença ai fudeu!

Filó era uma graça e tinha o nome da galinha do meu vizinho na época de criança, o Carlos.

Filó bebia, Filó comia, Filó dava, Filó causava...

Um dia, bateram na Filó e toda desfigurada e sangrando ela resolveu ser artista plástica.

Do barro ela criava coisas enormes de cabeça vermelha e tetas cujos mamilos eram maiores que a própria teta.

Ontem, louca de pedra (crack) merrrmo, Filó aprontou a sua ultima arte. Foi dá um abraço no Cazuza seu poeta predileto.

Filó desorganizou pra organizar!

E pra nós, simples como a grande maioria... A vida continua!