segunda-feira, 27 de abril de 2009

Requiém para o sistema!


Com seu apetite voraz,
Você devora tudo a sua frente.
Tu parece um furacão,
Varrendo e bagunçando com a paisagem a sua volta.
Sacode, arranca, rodopia, engole e cospe,
Estraçalha, esmaga e arrebenta.
Sai pro trabalho como quem vai pra guerra,
Volta pra casa só com o corpo,
A mente continua no trabalho, nos negócios e no dinheiro.
Usa a desculpa que é pra dar o melhor à família,
Mas, existe algo melhor para um filho do que a presença de um pai?
Você deseja formar uma equipe de vencedores,
E pra isso não mede as conseqüências.
Porém hoje o que se vê são corpos espalhados pelo chão,
Rostos sem expressão, vazios de alma.
As pessoas pra você não passam de lenha pra sua locomotiva,
Você só pensa em avançar, avançar, avançar
A desoladora paisagem que você deixa ao passar,
Já consegue ser detectada em alguns lugares.
O mundo está em crise, as potências estão fragilizadas,
E não surge ninguém pra reinventar a “roda” do sistema.
Frente à tamanha impotência, muita gente boa ta rodando no piloto automático.
Zumbis, empurrando a vida com a barriga...
O velho Raul já dizia:“Pare o mundo que eu quero descer”

Um comentário:

tiu disse...

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Viva raul. o mundo parou e ele subiu. ou desceu?
rsrsrrs