sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Dor

Tento entender, me esforço muito pra entender,
Mas, não consigo decifrar de onde vem tanta dor.
Ela transborda a minha alma,
Invade a água da banheira,
Sucumbe o óleo da frigideira,
Azeda o conteúdo da geladeira.
Me apunhala pelas costas,
Me retalha todo em postas,
E ao me ver servido a mesa, gostas.
Perambulo pelas noites frias,
Acuado, cansado, calado,
A espera da luz que varre o telhado.
Da musica que me fará dançar,
Do corpo, que do ímpar fará um par.

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