E eu aqui cercado por toda essa água do nosso lindo oceano atlântico e temendo essa inevitável gota que cairá sobre nós como se o russo apertasse o botão da bomba H.
Tudo irá voar pelos ares como se nunca tivesse sido.
E a pior parte dessa coisa de catástrofe anunciada é a espera e não o fato.
Pra pessoas apressadas como eu a espera é lâmina cortante, afiada, que rasga fundo e faz a alma abandonar o corpo.
Isso mesmo eu morro, um pouquinho, mas morro.
Porque a cada dia eu vejo o fogo diminuir e em minha cabeça a sentença:
A gente sempre acaba fazendo o que a gente quer.
Nesse caso o "a gente" é você e nem mesmo todo esse nosso amor/fogo/paixão vai te segurar aqui.
A vida e suas chuvas de situações que incomodam e mudam tudo, sempre. Mas, um sábio amigo me alertou dizendo:
O problema nunca é a chuva e sim Aquela gota. Assim mesmo com A maiúsculo, grandão.
A gota é a forma como a coisa foi dita e nunca a palavra em si.
A gota é o meu egoísmo quando você precisa de cuidado.
A gota É e o oceano todo a nossa volta serve somente de mero cenário.
E mais uma vez me vejo aqui sem nada poder fazer.
É a nossa Hiroshima que voará pelos ares e em seus destroços, na sua nuvem de fumaça se dissipará mais uma história de amor.
Guento mais não, tou fraco, tou velho, tou cansado... Moribundo.
Meu corpo e meu cérebro são escravos do meu aventureiro coração.
E clamo sofrido:
"Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoaE qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água..."
Último gole e segue em frente...
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