Definitivamente o que me interessa é o caos.
Nele me encontro, ou melhor, me desencontro melhor. Na calmaria eu ganho todo tempo do qual preciso pra me conhecer e nisso eu não sou bom. E mais, cansei de tentar melhorar nisso e naquilo. Conscientemente eu não consigo mudar nada em mim e isso me irrita e eu fico bravo e todo sujeito com raiva é burro.
Não, eu não gosto de sofrer!
A minha preferência pelo caos vem das possibilidades de superação, do uso do raciocínio, do fato de colocar em prática habilidades que nem sempre consigo usar. E nem sempre me dou bem, nem sempre ganho, nem sempre consigo. Mas, não quero paz!
Lembro de uma conversa que tive com minha irmã sobre o futuro e quando lhe confessei o meu maior medo ela desabou em gargalhada.
Eu tenho medo de passar a vida toda sendo o: Médico, professor, engenheiro, sapateiro em Florença, magnata na paulista ou funcionário público federal.
Quem me conhece sabe que isso não é balela. A estabilidade me assusta, mais que isso, mata meus sonhos e míngua o meu oceano de possibilidades. Pode ser que esse oceano sequer exista de fato, mas, eu preciso acreditar nele pra seguir em frente.
É assim no campo profissional e no sentimental, igual.
Ontem assisti o clip da Céu e do Herbie Hancock e fui atingido no peito pela seguinte estrofe:
"Ah, não existe coisa mais triste que ter paz...
E se proteger, de um amor a mais"
Paz é uma palavra bonitinha que representa um monte de coisas pra cada um que dela faz uso. As coisas que ela me lembra não me encanta tanto assim a ponto de deseja-la.
Eu não quero que hajam guerras, lutas, disputas e sangue derramado, embora isso exista a despeito de eu querer ou não.
E quando penso nessas coisas não é paz que eu peço e sim consciência. Mas, nem é sobre isso que eu quero falar, quero falar que:
Não vou me proteger de um amor a mais. Jamais!
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