domingo, 25 de maio de 2008

Boa noite!

Com sua coberta de jornal,
Seu colchão de ladrilho,
Seu calmante de cana-de-açúcar,
Sua grife sem etiquetas.
Sua vida sem boas maneiras,
Seus sonhos destruídos,
Sem higiene básica,
Sem bilhete único,
Sem um destino,
Qualquer calçada é um porto.
Boa noite,
Você que não tem mais nome,
Nem de onde saciar sua fome.
Você que não faz mais sexo,
Que vagueia por ai sem nexo.
Que se ampara nas marquises,
E ainda assim sorriem felizes.
Boa noite!

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