Tudo soa dissonante,
Espalhado, perdido, distante.
As sombras já não amedrontam,
Apenas me acompanham.
São companheiras numa estrada em ruínas,
Esburacada, tortuosa, sem direção.
O sol não veio hoje,
A lua e as estrelas também não!
Só corvos, há corvos por toda parte,
Dilacerando o que me resta de carne,
Saboreando em seus bicos a pálida esperança.
Se o dito popular estiver certo,
A descida que vem por ai vai ser longa.
Acabo de achar dois níqueis em meu bolso,
Isso deve bancar meu próximo trago.
Baterei o solado de minha bota,
Nesse cascalho empoeirado até encontrar um bar.
Deseje-me sorte,
Algumas gotas de rum tornaria mais amena a jornada.
Além do que, amaciaria a minha carne,
O que muito agradaria aos abutres.
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