
Mas nenhum Zé é apenas, nem de ninguém. Embora as vezes isso é tudo que eu queria, ser Zé, ser de ninguém. Isso é pura covardia eu sei. Mas, ser covarde não me assusta, me assusta ser super agora e daqui há pouco ser super-ado.
Hoje liguei pra um representante da empresa que eu trabalho e o celular só caia na caixa postal. Resolvi ligar no escritório as 11:17 da manhã e uma garota com uma voz linda e preguiçosa me atendeu:
- Oi por favor o passarinho (esse é o nome do meu representante) está?
- Ele tá na estrada... (num sotaque arrastado e musical)
- É que tentei o celular dele e tá desligado.
- Ele deve tá descansando... (era 11:17 fiz questão de conferir).
Dei uma boa risada me despedi e desliguei.
Cidade grande, metropole, cosmopolitismo, vida cultural intensa, opções, multidões, etc. Tudo isso ganhou um novo significado pra mim e não foi pra melhor.
Viva o passarinho que voa livremente pela ensolarada Bahia e descansa a hora que quer!