segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Despedida!

E eu ali, naquela estação, esperando o trem pra “paradiso” e só faltava cinco minutos pra eu partir e a esperança inundava meus olhos que percorria toda a plataforma a procura de ver você correndo pra me dar um ultimo abraço e quem sabe aquele beijo que o tempo tem curtido como a um bom vinho.
Nem aquele auto-falante anunciando o embarque imediato estancava os meus sonhos delirantes, você viria, me abraçaria, me beijaria. E tudo que vivemos nos preparou pra esse momento. E ali riríamos dos nossos medos e da surpresa de descobrir finalmente que gosto tem o nosso beijo.
E agora eu parto deixando muito mais que lembranças e levando algo mais que esperança.
Lentamente o trem ganha velocidade e te vejo pelo vidro chorando e assistindo a um filme de uma história breve e marcante.
E eu? eu sigo em frente porque seguir é preciso...
- Sr. Por favor o Sr. Precisa embarcar! Tocou-me o ombro me avisando o cara da companhia de trem.
E você não veio.
E eu fui.
Sem a demonstração explicita do seu afeto.
Com uma tristeza que poderia ser evitada.
Paradiso, paradiso, ai vou eu. Me trate bem!
Olhei pra mocinha do meu lado e pensei: “quem não pode Nova Iorque vai de Madureira”...

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