Não sei você mas eu gosto de ser surpreendido, embora quase sempre eu fique com cara de tabaca lesa por um tempinho, correndo o risco de parecer mais bobo do que de costume. E a surpresa que eu mais gosto é aquela que vem do meu objeto de menosprezo.
O cavalo que parecia um pangaré e ganha o páreo.
O garoto franzino de óculos que fica com a gata da festa.
Quando a gente fala uma frase em inglês pra parecer interessante e o garçon completa sorrindo com uma expressão que a gente não conhece e com sotaque californiano.
E isso vive acontecendo comigo, talvez pra não me deixar esquecer que não sou melhor do que ninguém, embora eu viva como se fosse...
Cheguei numa beira de mar onde as ondas lambiam o asfalto sentei com dois recentes amigos, latinhas de cerveja e varas de pescar. Apostei com eles que de primeira pescaria um sapato, joguei a vara algo mordeu a isca e lutamos ali por alguns minutos que pareceram horas. Venci a luta contra o peixe e o peixe me ensinou de novo a lição que não devo menosprezar lugares, pessoas e nem mesmo a mim (pois é eu tb ñ escapo do meu próprio julgamento).
E essa foi a primeira (hi)estoria de pescador.
2 comentários:
eu vivo me surpreendendo com as pessoas, acho ótimo. cada uma delas pode ser uma infinitude de coisais.
'
e vc esta me surpreendendo.
te amo irmão.
sdd
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