Deixo que ele venha, me atropele e me atropele de novo, quantas vezes ele quiser. Pois só assim, cheio de hematomas e dores eu me sinto vivo, ou melhor, me sinto no papel para o qual fui criado: Amar.
Se você pudesse enxergar a minha alma hoje veria apenas as ataduras, a boca, o nariz e um par de olhos sedados pelo amor. Os olhos aliás, esses você pode ver sim e eles estão gritando.
E é assim todo arrebentado como se uma locomotiva me tivesse jogado longe dos trilhos da vidinha pacata e comum dos não amantes, que caminho torto, manco, quase mutilado de volta a conhecidos braços que outrora me afagaram.
Calma benzinho tô indo... É o calcanhar que tá doendo. Antes era o cotovelo.
Um comentário:
putz grila: nasci pra amar tbm, sou uma reincidente marginal dessa "virtude" dolorosa!
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