Timida e preocupada você vistoria suas vestes em frente ao espelho. Checa cada item, depois checa outra vez. Tá curto, tá apertado, tá marcando, tá mostrando a calcinha...
Mal percebe que quando você vacila a cidade inteira fica mais linda. Ganha em cor, fragrancias e formas. Tu, patrulha de ti mesmo relaxa em nome da beleza da vida e do tesão diário.
Porque não lhe ocorre que você não tem controle sobre quem te deseja, mas, o tem sobre com quem contigo se deita?
E como você chama essa tortura/patrulha a que você submete os meros transeuntes a quem pune com excessos de cheiros e nenhuma visão periférica?
Lembre-se dos pobres mortais a quem você ajuda dando um dia melhor quando lhes proporciona uma visão do algo mais.
E por fim, por favor, pare de tratar a sua sensualidade como se ela fosse um pecado capital/mortal/mal porque ela é na verdade uma janela para a imaginação de quem a vê. E mostra exatamente aquilo que imaginação de cada um permite.
Em suas mãos está o poder de deitar-se com quem você quiser e de querer ou não deixar as mãos dos pedreiros da construção ao lado com calos, calos de desejo e ardor.
Um comentário:
Mais ou menos verdade essa parte dos calos do desejo e ardor. Seria mais como calos da inspiração solitária e por aí vai.
Foda é passar com sua namorada, par, enfim, perto de uma construção. Desgostosinho ouvir os assobios.
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