Eis um tema que ao meu ver os poetas já disseram tudo sobre ele. É difícil ser original quando se trata de olhares. Não pretendo aqui superar os textos que já existem sobre o tema, apenas quero rasgar o meu pobre coração apaixonado.
Parece apenas dois membros que fazem parte do corpo, mas, não é. Pra mim em muitas ocasiões os olhos dizem tudo e a boca coitada é o que lhes resta pra negar aquilo que eles não conseguem. Como são sinceros os olhos, eles são tão verdadeiros. Questiona-los é uma tarefa pífia.
Um olhar sincero e desarmado consegue elevar o meu dia, mostrar o valor do silêncio berrante, atenua as dores, faz palpitar um velho coração enrigecido.
Pra minha sorte tem estado ao meu lado os olhinhos mais iluminados dos últimos tempos. E o que eu posso concluir sobre isso? Que sou um cara de sorte!
Porque quando esse olhar me atravessa, eu não quero estar em nenhum outro lugar. Faço questão de estar na sua mira.
Portanto, mira-me e salva-me do absolutismo desse tédio que as vezes é viver!