Adeus ano velho!

Viver 2008 foi de fato um grande desafio. Eu o comparo como se fosse uma máquina de lavar e como todo bom processo de lavagem termina numa centrifugação, claro, estou no meio dela nesse exato momento.

Tudo bem, estamos ai, a hora é de encarar o que vier.

Certamente este não foi um ano só de coisas ruins, trágicas ou extremas. Foi também um ano que amadureci bastante. Me conheci melhor e conheci um pouco mais das pessoas que me rodeiam.

A distância não foi suficiente pra esfriar as minhas amizades nordestinas. O alargamento da minha visão sobre o ser humano também aumentou a minha compaixão por ele. E a descoberta das minhas falhas de caráter, dos meus erros egoístas e da minha mesquinhez também não me aniquilaram, antes, fizeram com que eu perceba o quanto sou igual àqueles a quem passei boa parte da minha vida criticando.

Quero dar adeus ao cinismo nesse 2009 e poder cumprir com o meu tempinho por aqui da maneira mais doce, real e verdadeira possível.

Que 2009 traga então as mudanças necessárias pra que isso aconteça e fortaleça as raizes daquilo que está indo bem.

Um grande ano pra todos.

Distância!!!

Tem algumas coisas que a gente consegue fazer à distância.

Cursos, conversar pela internet, trocar fotos e por ai vai... A modernidade nos proporciona essa proximidade tosca, falha, sem cheiro, sem olho e sem emoção!

Tudo à distância sofre alteração, tanto pro bem quanto pro mal.

Conversas pelo msn as vezes ficam complicadas, mal explicadas, mal compreedidas. Fotos de determinados angulos enganam, alteram, engordam... Ao passo que enganam também para o bem e ao vivo a coisa nem sempre corresponde.

Começo meu dia abrindo a sua foto e ouvindo Divine do Anthony & The Johnsons... Me pergunto: Como é a sua voz? E o seu humor? Etc.

No meu caso a distância só melhora você.

Que surpresas me aguardam? quais são as que vão te abalar?

Se tenho a distância como um tempero pra essa salada, por que não usa-la a gosto?

O amor é cego!

Sempre ouvi dizer que o amor é cego.

E como será que um cego se apaixona?

Será que o amor de um cego é mais puro do que o nosso? Sim, porque ele é desprovido da beleza externa e os atributos desse amor são medidos de uma outra maneira, com outros pesos e outras medidas.

Tudo nesse amor cego aguça os outros sentidos.

Como será a taxa de divórcio entre os cegos?

E a fidelidade? A presença no lar? São eles pais mais presentes dos que os que enxergam?

De repente estou com uma profunda admiração pela cegueira... De repente a benção de enxergar me soa mais como uma maldição!

Eu sei que isso é radicalismo e é lógico que prefiro enxergar. Mas, percebo que tenho tanto a aprender com os cegos.

Pelo menos aprenderei com eles a não julgar pela aparência. A me atirar na vida sem ver o solo que estou pisando. A confiar o meu caminho a uma simples vara e a sempre contar com a bondade humana.

Se você não me conhecesse, nunca tivesse visto uma foto minha, quais seriam as minhas chances com você?

Gentileza!

Dentre as muitas palavras que um amigo me pediu pra escolher a fim de simbolizar o ano de 2009 eu escolhi: GENTILEZA.

Quero ser alvo dessa palavra, mas, também quero ser escravo dela.

Quero interromper o meu trajeto de casa pro trabalho pra ajudar, conversar, acudir... Muitas vezes tornamos a nossa existência em uma viagem solitária ainda que vivamos em meio as multidões das nossas cidades.

Gentileza, assim como a felicidade é uma estrada a ser percorrida.

Um 2009 gentil a todos!

Minha missão!

"Aos que vivem a chorar,
eu vivo pra cantar e canto pra viver!

Canto para anunciar o dia, canto para amenizar a noite,
canto para denunciar o açoite
e canto também contra a tirania.

...A cigarra quando canta morre
e a madeira quando morre canta!"

O que te emociona?

O que te emociona?

O barulho do trem?

O sorriso que te atravessa?

A carta que diz burburinhos de amor?

O recado não respondido?
A declaração não comentada?

A música que te empresta um tema pra embalar o teu momento?

Tudo?

Nada?

O que te emociona?

Dor, alegria, diversão, amigos, beijos?

Novela das 6, 7 e 8?

Filmes do Bergman?

Emocione-se, seja lá com o que for. E se puder faça disso um poema, uma canção, um texto. Acredite, alguém um dia vai ler, se identificar e terá o seu dia salvo por essa leirura.

Hoje é o dia "D" peru, espumante e panettone.

Boas festas pra todos.

Há alguma tristeza nisso!

* No natal!

* No adeus!

* Na derrota!

* Na formatura!

* Nos aniversários!

* Nos casos de amor!

* Na distância!

* Na saudade!

* Na incerteza!

* Na ignorância!

* Em não se ter natal

* Nem ninguém pra dizer adeus!

* Em não aprender com uma derrota!

* Em não comemorar aniversários!

* Em não ter casos de amor!

* Em não saber o angulo novo que a distância nos dá!

* Em não sentir saudade!

* Em ter sempre a certeza!

* E em sempre saber de tudo!

Há alguma tristeza em viver...

Drops

* Covardes morrem muitas vezes antes de sua morte. Os bravos não saboreiam a morte se não uma vez.

* Me disseram que você não fica com ninguém.

* Me criticam porque o teu olhar me basta, como se teu olhar fosse pouca coisa.

* Me garantiram que você é feliz!

* ... Mas, tudo isso faz parte do cal da vida e não do mar.

Um olhar, um sorriso. Nada simplório!

Eu gostaria de ser frio o bastante pra encarar um olhar como o seu, com exagerada dose de desdém.

Queria ser forte o suficiente pra ver o seu sorriso e não reparar nele nada além de dentes bonitos.

Queria lidar com essas coisas da vida com mais naturalidade e menos sensibilidade, ah como eu queria!

Mas, assim como você não tem culpa de ter olhos que falam.

Eu não tenho culpa de que eles me dizem tudo o que eu preciso saber.

Da mesma forma que você nada pode fazer pra ofuscar o brilho do seu sorriso, visto que ele parece ter vida própria.

Porque eu deveria buscar a proteção e não me deixar ofuscar?

Seu olhar, seu sorriso, você me faz bem. Só isso!

E eu não costumo correr daquilo que me faz bem, também nada exijo, mas, diante de tal fenomeno não me calo.

Aliás, falar e ressaltar suas qualidades é tudo o que eu tenho e posso fazer no momento e daqui.

Não posso nem quero mudar o que sou, nem a forma como te vejo.

Não tenha medo, você nada me deve. Relaxe completamente e tenha certeza de que em mim você pode encontrar mais que um vulcão de tesão em erupção.

De todas as formas de relacionamento que conheço a que mais admiro é a amizade. E é disso que estou falando o tempo todo.

E a amizade apenas dá um novo relevo praquilo que é de fato, ou seja: Seu olhar e sorriso não são nada simplórios.

Feliz natal!

Do que importa?

De que interessam ao viajante as cidades que vão ficando atrás nos ancoradouros? Eu morei aqui e me postei como exigiam, mas agora, parto outra vez!

Declínio na colônia

Agrotóxico,
Desmatamento,
Poluição.
Descaso,
Ignorância,
Confusão.
Cadê a colméia?
Cadê o Zé?
Cadê o própolis?
O favo?
O mel?
Cadê você abelhinha?
Africana brasileira...
Com seu pijama de listrinha,
E cara de quem comeu mel e gostou!
Voa, voa abelhinha,
Voa alto e vai polinizar.
Corre da poluição,
Junto ao teu zangão,
Volta a procriar.

O tempo!

O que dá sentindo ao tempo é o que fazemos com ele.

Pegar uma prainha é coisa muito boa!

Fazer um curso de especialização, também é.

Ler um bom livro é coisa muito boa!

Entregar sopa numa noite pra quem precisa, tam bém é.

... E aos 49 do segundo tempo de 2008 o meu assistente e polivalente amigo Drico, perdeu a virgindade e foi com uma garota, isso não é legal?!

O Perigo!

Existe um perigo quase incalculável no isolamento. Sabe-se, e pra isso não precisa ser nenhum estudioso do assunto que esse perigo é imenso.

Quando a gente acha que se basta. Quando uma cidade acha que se basta. Quando um país acha que tem tudo e só ele pode oferecer, nunca receber.

A gente, a cidade e o país vai inflando e se enganando até nos tornarmos obesos mórbidos da chatice e olhamos tudo com aquela cara de: Ok, eu já sabia! (o tal do olhar blasé).

E é de arrepiar quando a gente percebe o quanto se perde quando se tem essa atitude.

Nós somos um país imenso e as nossas diferenças nos torna um lugar tão singular... Confesso que sou bastante idiota em relação a isso, tenho alguns preconceitos, me retraio, bloqueio minhas emoções. Porque aprendi que roqueiro não pode admitir que um sucesso sertanejo tenha uma bela letra. E que a minha tribo é essa, o meu quadrado é esse e blá, blá, blá.

Com toda essa firula que envolve o natal e fim de ano, a ternura se instalou no meu pequeno arraial e comecei a ver beleza onde antes não via. E isso foi suficiente pra que eu percebesse o quanto estava obeso da minha própria chatice.

Vou correr a São Silvestre do amor. Ué, não existe essa? pois deveria!

Um trem para as estrelas!

O Cazuza mudou minha vida de várias formas e muitas vezes. E hoje eu amanheci como ele quando dizia: São 7 horas da manhã, vejo o Cristo da janela... E o povo lá embaixo espera, nas filas dos pontos de ônibus...

Ou seja, acordei assim sensível ao drama alheio. Já se passaram mais de 500 anos desde o nosso descobrimento e ainda somos um esboço de país em muitos aspectos. Claro que eu não sou tão idiota ao ponto de achar que existe um lugar perfeito, mas, a gente peca no básico.

E eu nada posso fazer além de escrever as minhas pobres impressões nesse bloguinho e com isso tentar me sentir melhor, mesmo sabendo que o simples fato de perceber essas atrocidades não melhora o mundo em nada.

Comentei chateado com um amigo essa situação e o mesmo me disse que quando chegar a hora certa eu saberei como agir. E eu olhei pra ele perplexo.

Pensei que a hora já havia passado!!!!

Peregrino!

Em 2008 eu me apaixonei demais. Viajei demais, trabalhei demais.

Mas, nada disso foi suficiente para me aquietar, saciar ou me cansar. Em 2009 eu quero tudo em dobro, triplo e o que mais vier!

Estou cada vez mais peregrino e curioso. Vejo uma esquina e logo me pergunto: O que tem ali depois dela?

O pó da estrada ainda é o meu maior vício e hoje não tenho mais endereço, ou tenho vários?

Quero tomar muito chopp no amarelinho da cinelândia, quero ver muita coisa rolar no marco zero do Recife e ir aos bares, cinemas e teatros da rua Augusta.

Estou de passaporte novo, mala pronta e cheio de gás.

Venha 2009!

Coisas que aprendi em 2008!

Chego no final de 2008 bastante cansado. Foi um ano de muitas viagens e desafios. Por fim, cheguei a conclusão de algumas lições que aprendi.

* Descobri o pianista Vítor Araújo. (Show, impressionante)!

* Redescobri Karina Buhr. (Magnífica)

* De uma vez por todas, não posso faltar mais as apresentações da Groove. (esteja eu, onde estiver).

* Assisti a morte do melhor amigo. (Não, ninguém morreu. Apenas o mito)!

* As coisas boas não cabem em prateleiras.

* A patrulha tanto na vida quanto na internet é uma bosta!

e... O ano ainda não acabou, posso aprender muito mais.

A distância!!!

Tudo que eu tenho teu é uma fotografia e alguns poucos dados. Informações coletadas aqui e ali alimentam a minha curiosidade e admiração.

Qual será o número do seu pé?

Seu perfume preferido?

A música que te faz dançar com gosto?

Sigo sonhando e sonhando dias sem fim...

E nem estou a fim de acordar tão cedo!

Calor!

" Mas confesso amor que jamais senti em outros braços o calor dos teus abraços meu amor"

Senhoras e Senhores, com vcs!

Karina Buhr!

Essa gracinha de pessoa é a líder da graciosíssima banda Comadre Florzinha do meu Recife querido. Karina está de disco novo, solo e eu já ouvi algumas canções e pirei geral! Pirei mais ainda quando descobri tardiamente que ela acabou de fazer um show aqui em Sampa e eu estava como sempre no mundo da lua. Mas, ela vai estar esse final de semana no CCBB do Rio e quem puder, faz favor né?! Rua 1o de março, 66 - centro.

Meu primeiro encontro com a Karina foi no Sopa Diário do Rogê de Renoir e foi paixão a primeira vista. Ela e seu tamborzinho me encantaram e claro me deu um certo orgulho de ser pernambucano.

Viva Karina, comadre florzinha, Isaar, Alessandra Leão e tantas outras feras que fazem essa vida mais doce.

Tem um clipe dela no you tube com o Celso Sim cantando desterro do RRR (Reginaldo Rei Rossi), que é imperdível!

Você tem medo?

Eu tenho alguns medos!

Alguns desses medos me põe limites saudáveis até. Outros simplesmente me estagnam, me deixam perplexo, sem ação.

Mas, tem aqueles que realmente me apavoram.

Eu não tenho medo da morte por exemplo, mas, morro de medo de passar por aqui e não deixar um legado. Tenho muito medo de ter uma existência medíocre, pautada justamente no medo.

Logo, o medo que me apavora é o mesmo que me lança em direção aquilo que preciso pra dar um significado aos meus dias de terrestre.

Engraçado que alguns desses medos nascem dos conceitos que temos sobre estabilidade. E essa tal estabilidade a cada dia vai se tornando em algo inatingível.

Ao concluir isso costumo recorrer aos grandes mestres:

"O medo não cria, não trás alegria, nem faz avançar o amor"

Mas existe! Como disse uma velha amiga minha anos atrás.

Eu quero enfrentar e encarar meus medos com maturidade, dar a eles o peso que eles realmente tem e tirar deles a sua lição mais preciosa.

Afinal de contas eu já sou um rapazinho e preciso me portar como tal, né merrrmo?!

Lamentável!!!!

As acusações que repousam sobre mim é que sou um tiozinho, sonhador e ultrapassado. De repente ter visto o Zico e outras feras jogarem virou um pecado, um erro grotesco e infame.

Disseram que a minha época passou e o que vale hoje é o futebol empresa. E isso me deixa muito triste. Eu preciso de um bom psicólogo e de algum álcool forte é claro!

Mas, ouso dizer que: O "time" que ganhou o brasileiro foi competente e só isso. E os demais foram muito incompetentes inclusive o meu Palmeiras querido.

Voltando a coisa da empresa se é que isso é verdade, eu sou então um órfão.

Gastei algumas tardes de domingo da minha vida principalmente no Maraca e no Palestra. No Maraca vi os lances mais lindos de toda a história do futebol e no Palestra vi muita superação e testes para o meu pobre coração.

Lembro dos tempos de Maraca com uma pitada de saudosismo sim e no Palestra aprendi a ser constante e isso faz de mim um verdadeiro torcedor (coisa que não se encontra em torcedores de empresa) as empresas vivem tão somente de seus resultados e um verdadeiro time é sustentado em 85% do seu tempo por sua paixão, a paixão que causa em seus torcedores.

Não, eu não gosto do "time" que "venceu" o brasileirão. Porque na verdade eu não os considero um TIME e só torci por uma empresa na minha vida: A minha.

Por isso não parabenizo um projeto que transformou o lúdico em mais uma forma de faturamento.

Quando iremos aprender que tem coisas que uma vez fabricadas se tornam ridículas? porque a sua essência é o natural.

Futebol empresa é? que pena! Já não bastam as muitas empresas que já existem?

Será que eu não posso apenas sentar na frente da minha tv numa inocente tarde de domingo e assistir um bando de garotos fazendo firulas e se divertindo?

O problema é que tudo de repente se institucionalizou.... Quer saber?! quando eu quiser assistir a um futebol de verdade vou num campinho de várzea ou zapiarei na tv em busca das meninas de nossa seleção!

Onde ir, onde chegar!?

O final do ano chegou. E, não sei quanto à vocês, mas, eu fico maluquinho nessa época do ano. Primeiro porque vejo a corrida e os esforços de todo um ano serem ou ao menos perecerem insuficientes. Fico lembrando do tempo perdido, da canseira, dos projetos deixados pela metade, das furadas, das brigas e da preguiça que me venceu de novo na 3a aula do meu curso de línguas.

Segundo, porque pra um ano parecer realmente novo é necessário que a gente se encha dos velhos planos antigos de sempre: Emagrecer, estudar línguas, conhecer Fernando de Noronha, etc.

Emagrecer não sei se rola, mas, algumas línguas devem ser provadas e estudadas a fundo e conhecer Fernando também deve rolar, visto que esse é um nome um tanto comum em nosso país.

Pra dar aquela piorada básica começa um barulhinho quase inaudível de um sino que vai aumentando que pergunta: Agindo desse jeito, onde você quer chegar?

E eu acho o máximo pessoas que sabem onde querem chegar. Será que é porque eu não faço a menor idéia pra onde esteja indo? E onde eu quero chegar? Cara, quando ouço isso a primeira coisa que me vem a cabeça é Itapoama... E em seguida percebo que estou na direção oposta de lá, daí grito: "pare o mundo que eu quero descer"!

E é isso! A gente adora concluir o inconcluível e isso aqui na verdade não tem conclusão é mais um berro de desespero e angústia.

Rápido!!!

Acabo de chegar de uma visita a um amigo que se acidentou. Apesar de vê-lo numa situação bastante triste fiquei filiz, pois quando ele me viu deu um sorriso de criança, aquele que sem nada dizer tem palavras muito profundas em seu silêncio singular. Sua mãe me disse que eu fui a primeira pessoa que ele reconheceu desde que se acidentou. Forza ragazzo!!!!

Os peritos dizem que ele estava muito rápido.

Quando ia saindo encontrei um outro amigo que aparentemente é aquele tipo de pessoa que nunca deu certo na vida. Morou com os pais até os... Depois casou fez quatro filhos na esposa e tá sempre fazendo um bico aqui e outro ali. Conversamos ali um pouco e ele me chamou pra um bar que a gente ia quando éramos adolescentes e eu falei: caraca esse lugar ainda existe?

Nos despedimos e eu saí dali balançando a cabeça em negativa criticando-o, dizendo que ele parou no tempo e blá, blá, blá. Depois algo em mim bateu fundo e quase chorei.

O que é afinal uma pessoa dar certo na vida?

Eu me conheço um pouco melhor do que conheço a esse meu amigo e por vias bem diferente das dele ouso afirmar que: Certamente, eu não dei certo na vida.

Fiquei lembrando das coisas que ele ria e as que o faz filiz e concluí que igual ao amigo acidentado, também fui rápido no julgar. E o meu interior também está em frangalhos, desconfio apenas que não consegui sequer sorrir pra ele sinalizando que o cara que ele encontrou ainda é o amigo dele.

Expectativa!

Um velho ditado nos ensina a não colocar todos os ovos em uma cesta só.

Começo a perceber que ai existe uma grande sabedoria que em muitos momentos a gente despreza por não se tocar que tão poucas palavras carregam tanta verdade.

Geralmente esse dito se refere ao mundo dos negócios, mas, hoje o estenderei também as coisas do coração.

Eu já vivi épocas em minha vida em que eu tinha um tal de "meu grande amigo" e a gente fazia tudo junto. Brincava, viajava, saía, brigava... E ele era a minha referência maior de amizade.

Já amei um membro de minha família com todas as forças que um humano pode amar o outro.

Já mudei de cidade, estado e coloquei naquilo tanta energia que acreditava mesmo que tudo mudaria e veria a vida com mais leveza e amor.

Como amigo muitas vezes fui um fiasco. Sei de gente que me detesta até hoje (esses dias mesmo adicionei um velho conhecido no orkut e ele não me aceitou). Um dia, descobri da pior maneira possível que o meu amado parente era gente (com todas as implicações). As cidades com suas belezas ou riquezas nada puderam fazer para que eu me encontrasse e me identificasse.

Mas, eu sou muito burro e não aprendo NUNCA!

De novo me vejo as voltas com uma cesta que "MERECE" todos os meus ovos, toda a minha expectativa e todas as minhas forças.

Esse é aquele tipo de história que não tem muita graça, pois a gente já sabe o final!

O bacana é que apesar de tudo, sempre rende umas risadas boas. Quem viver verá!

Garupa!

Eu terminei a tarde de domingo com o meu amor na garupa. Ela na minha garupa e eu de olho na garupa dela!

Sim, eu cofesso. Me preparei psicologicamente para um contato mais intímo e tive sonhos esquisitos na noite de sábado.

Tinha no bolso um preservativo e na mente uma cena ensaiada, um texto decorado e na hora H titubiei e perdi o time.

Já em casa a noite ria da minha infantilidade.

São só dois corpos indo de encontro ao natural. Por que tanto drama? tanto jogo, tanta cena?

Ainda assim foi gostoso, um dia ao lado de quem se gosta é muito bom!

Falamos amenidades e rimos à toa... Nos tocamos, rolou um abraço envolvente e quente, de repente gelo pra baixar a temperatura.

É verdade ficou a sensação que foi bom mas que poderia ser melhor. Estou me especializando em paciência.

No país da fila mais uma menos uma, vamos esperar uma hora chega a nossa vez! E daí, sou eu na garupa dela...

Papel de Parede

Papel de parede



Sento aqui e te espero passar,
Espero o brilho do teu olhar.
Que atravessa meu estilo de vida medíocre,
E grita aos meus ouvidos cansados:
“O pulso ainda pulsa”
Eu amo essa sua pele dourada,
Que encharca a minha alma,
Com boa dose de inquietude.
E esse seu cheiro que desafia,
A prudência, a lucidez e a própria ciência.
E adoro esse seu desdém,
Admito que ele às vezes me convém.
Pois guardado e fermentado,
Produz um amor dobrado,
E curvado eu fico... Admirado.
E agora sou peixe da sua rede,
E você, meu papel de parede.

A linha!

Há muito tempo atrás eu atravessei a Dutra saindo do Rio pra morar em São Paulo. Contudo, por razões que não vale à pena enumerar guardo comigo aqueles dias de Rio de Janeiro como quem guarda um tesouro. Recordo com muito carinho do Meier e do ônibus que a gente pegava pra ir a Copa pegar uma praia e vê o pessoal do Fluminense jogando futevolei. Éramos todos muito jovens e estávamos começando a nossa vida. Éramos duros e ríamos bastante disso, a vida trafegava com uma leveza digna daquela orla de arrombar a retina.

Estou falando disso porque as vezes a gente toma algumas decisões que vão nos afetar se não pra sempre mas por muito tempo e nem se dá conta da importância dessas decisões.

E a vida é assim mesmo e sempre será, penso que não dá pra evitar essas decisões nem tenho esperança de que a partir daqui se monte uma vigília especial para decisões que nos afetarão.

O que eu acho bacana de se ter em mente é que nem sempre tudo é tão matemático assim, as vezes você está ou é algo que você nunca esperou...

Quando a gente se apaixona, acontece meio isso né? será? me ajudem!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ps.

Seus socos doem muito, seus constantes não doem muito, ser chamado de sergipano não dói nada e o seu perfume perfura meus pulmões feito uma britadeira medonha.

Romance!!!

Ando com uma teoria que tem causado espantos em alguns amigos meus, mas, estou convicto de que o amor faz bem, seja ela correspondido ou não.

Espero e prefiro que ele seja correspondido, mas, ele por ele mesmo já fortalece um esqueleto cançado e colore uma paisagem parca.

Quando estou amando até as mazelas ganham uma nova matiz.

Posso ser o super homem, batman ou até mesmo um jardineiro que rega sementes de esperança com suas lágrimas de amor.

O amor recarrega as minhas baterias, troca todo o cenário que me rodeia, coloca sorrisos espontaneos nos rostos dos sisudos.

Estou leve, me sinto filiz!

Especialmente hoje a minha Malu Magalhães (ela tem 17), está linda. E eu afirmo: se o Camelo pode eu também posso!

Obrigado!

Acordei hoje pensando o que seria dessa vida sem a doce pena dos poetas. Um mundo que valoriza apenas a exatidão matemática ou temas tidos como sérios, não é um lugar bacana!

Respeito aqueles que seguem planos de carreira e inventam máquinas e os que se dedicam a medicina e tantas outras profissões lindas e tão necessárias para o mundo, porém, me derreto quando leio um poeta cantando a sua dor.

Obrigado Drummond, Vinícius, Lenine e Tiu Marcos. Obrigado Moska, Chico Buarque, Calcanhotto e Jean.

Asiim como uma vida sem dificuldades seria uma chatisse, uma vida sem poesia seria tão feia que se tornaria insuportável.