Existe um perigo quase incalculável no isolamento. Sabe-se, e pra isso não precisa ser nenhum estudioso do assunto que esse perigo é imenso.
Quando a gente acha que se basta. Quando uma cidade acha que se basta. Quando um país acha que tem tudo e só ele pode oferecer, nunca receber.
A gente, a cidade e o país vai inflando e se enganando até nos tornarmos obesos mórbidos da chatice e olhamos tudo com aquela cara de: Ok, eu já sabia! (o tal do olhar blasé).
E é de arrepiar quando a gente percebe o quanto se perde quando se tem essa atitude.
Nós somos um país imenso e as nossas diferenças nos torna um lugar tão singular... Confesso que sou bastante idiota em relação a isso, tenho alguns preconceitos, me retraio, bloqueio minhas emoções. Porque aprendi que roqueiro não pode admitir que um sucesso sertanejo tenha uma bela letra. E que a minha tribo é essa, o meu quadrado é esse e blá, blá, blá.
Com toda essa firula que envolve o natal e fim de ano, a ternura se instalou no meu pequeno arraial e comecei a ver beleza onde antes não via. E isso foi suficiente pra que eu percebesse o quanto estava obeso da minha própria chatice.
Vou correr a São Silvestre do amor. Ué, não existe essa? pois deveria!
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